Boi: indicador volta a fechar acima de R$ 220,00
Os embarques brasileiros de carne bovina seguem recordes, enquanto a oferta de animais prontos para o abate está baixa. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário mantém os valores da arroba bovina firmes no mercado doméstico.
Neste mês, o Indicador do Boi Gordo Cepea/BM&F (Estado de São Paulo, à vista) voltou a fechar na casa dos R$ 220, retornado ao patamar nominal verificado em meados de dezembro de 2019. Nessa quarta-feira (8/7), o indicador fechou a R$ 218,75, em ligeira alta de 0,16% na parcial do mês.
No front externo, o dólar valorizado, que mantém a carne brasileira competitiva no mercado internacional, e a crescente e aquecida demanda chinesa resultaram em performance recorde das exportações brasileiras no primeiro semestre deste ano.
Preços do suíno vivo sobem em quase todas as regiões e exportações estão aquecidas
Todas as regiões acompanhadas pelo Cepea registraram alta nos preços do suíno vivo neste início de julho.
Além do tradicional aumento na demanda por carne na primeira semana do mês, os embarques aquecidos fazem com que grande parte de indústrias integradoras intensifique as compras no mercado independente, a fim de garantir o cumprimento de contratos com compradores externos e internos.
Com relação às exportações de carne suína in natura, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), totalizaram 95.200 toneladas em junho, com queda de 5,90% em relação à maio, mas 51,50% acima do registrado no mesmo mês de 2019.
Neste início de julho, os embarques seguem em ritmo aquecido, o que tem enxugado a oferta no mercado doméstico.
Segundo relatório parcial da Secex, nos três primeiros dias úteis de julho foram exportadas 5.000 toneladas/dia -média 20,70% acima da registrada em junho. O bom desempenho ocorre mesmo com as restrições chinesas impostas a alguns frigoríficos brasileiros.
Frango: apesar da queda nos embarques, preço interno da carne está firme
Os preços da carne de frango estão firmes no mercado doméstico, apesar da forte queda nas exportações em junho, de acordo com informações do Cepea.
A explicação para a alta, segundo pesquisadores, é que a oferta de carne de frango no mercado interno está reduzida, indicando que a produção do setor tem sido controlada. Ou seja, as medidas adotas pelo setor nos meses anteriores – de reduzir o ritmo de produção, vêm se mostrando eficientes.
Dados da Secex apontam que foram embarcadas 342.000 toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em junho, volume 14,40% menor do que o do mês anterior e 11,40% abaixo do de junho de 2019.
Já a receita gerada pelas exportações foi de US$ 446.60 mil, com quedas de 18,30% em relação a maio e de expressivos 30,20% na comparação com junho do ano passado.
Cepea