Indicadores Cepea: café, boi e suínos

Café: Carnaval e queda externa reduzem negócios no Brasil

As negociações envolvendo café arábica seguem calmas e os preços, em queda. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços oferecidos por compradores não têm agradado vendedores, que estão afastados do mercado. Além disso, as quedas no mercado internacional e o recesso de Carnaval no início desta semana limitaram ainda mais a comercialização.

O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 492,11/saca de 60 kg na quinta-feira (2), com recuo de 3,5% sobre a quinta-feira anterior, 23 de fevereiro. Quanto ao robusta, as cotações não apresentam grandes alterações.

Colaboradores do Cepea indicam que, apesar da oferta restrita e da suspensão da importação, compradores de robusta no mercado interno estão relativamente abastecidos no curto prazo, o que tem limitado a negociação. O Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 433,12/saca de 60 kg, na quinta-feira (2), com queda de ligeiro 0,1% em relação à quinta-feira anterior (23).

 

Boi: preço segue firme; bezerro e vaca se desvalorizam

Os preços da arroba continuam firmes no mercado de boi gordo. Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto parte dos frigoríficos ainda tem escalas mais longas, outras unidades têm necessidade de aquisição e, com isso, ofertam preços mais elevados. Na quinta-feira (2), o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa (Estado de São Paulo) fechou a R$ 144,64, com ligeira queda de 0,1% em relação a quinta-feira anterior.

Quanto aos preços do bezerro e da vaca, estão em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo agentes consultados, o enfraquecimento dos valores da reposição está atrelado ao baixo ritmo de negociação desses animais nas últimas semanas. A desvalorização do bezerro, por sua vez, vem estimulando o crescimento no abate de fêmeas. Com isso, observa-se a maior oferta de vaca em muitas praças, resultando na queda dos preços dessa categoria.

 

Suínos: valor da carne diminui, mas competitividade frente ao frango segue baixa

Mesmo com as recentes quedas nos preços, a carne suína segue negociada em elevado patamar, cenário que mantém reduzida a competitividade desta proteína, principalmente frente à de frango.

Cálculos do Cepea apontam que, na média de fevereiro, a diferença entre as cotações da carcaça especial suína e as do frango inteiro resfriado, ambos negociados no atacado da Grande São Paulo, chegou a ultrapassar os R$ 4/kg.
Entre 31 de janeiro e 24 de fevereiro, a diferença entre os valores dessas carnes passou de R$ 2,94/kg para R$ 3,72/kg, com aumento de 26,4%.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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