Indicadores Cepea: café, algodão, arroz e tomate

Café: colheita de robusta está atrasada no Espírito Santo

A colheita de café robusta da safra 2017/18, que foi iniciada em abril no Espírito Santo, está em ritmo mais lento. Segundo informações de colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), de 5% a 7% do grão da nova temporada havia sido colhido até a semana passada, sendo que, no mesmo período de 2016, o percentual obtido na temporada 2016/17 era de 10. De acordo com pesquisadores do Cepea, a menor área colhida se deve à grande quantidade de grãos verdes nos pés.

Além disso, segundo agentes consultados pelo Cepea, a cotação atual do robusta tem feito com que muitos produtores atrasem a colheita, à espera de preços mais elevados nas próximas semanas. Já em Rondônia, o percentual colhido, de acordo com colaboradores do Cepea, é de aproximadamente 15. Assim como no Espírito Santo, produtores rondonienses mais capitalizados aguardam melhor maturação dos grãos, sem apressar os trabalhos no campo.

 

Algodão: alta em Nova York impulsiona negócios para exportação

Apesar da desvalorização do dólar frente ao real, as recentes fortes altas nos preços internacionais da pluma vêm estimulando vendedores brasileiros a fecharem contratos para exportação. Esse cenário, por sua vez, elevou os preços domésticos do algodão, que estavam enfraquecidos nos primeiros dias deste mês. Segundo pesquisadores do Cepea, diante das altas externas e da entressafra, cotonicultores e tradings estão firmes nos valores pedidos na venda da pluma no mercado interno.

Indústrias ativas, por sua vez, buscam adquirir pequenos volumes para repor estoques, mas ofertam valores inferiores aos pedidos por compradores. De 9 a 16 de maio, o Indicador Cepea/Esalq com pagamento em oito dias, subiu 0,58%, fechando a R$ 2,7597/lp na terça-feira (16).

 

Retração vendedora sustenta preço do arroz em casca

Os preços do arroz em casca estão firmes no Rio Grande do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, do lado vendedor, somente orizicultores com necessidade de “fazer caixa” ofertam lotes no mercado spot. Já produtores capitalizados estão fora do mercado ou negociando outras commodities, como a soja.

Do lado comprador, boa parte das indústrias trabalha com o arroz já adquirido das safras 2015/16 e 2016/17. Na parcial de maio (até o dia 16), o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros permaneceu praticamente estável (-0,07%), fechando a R$ 38,59/saca de 50 kg na terça-feira (16).

 

Tomate: oferta limitada impulsiona valores na Ceagesp

As cotações dos tomates salada longa vida 2A e 3A subiram na Ceagesp na última semana. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, as altas estão atreladas à menor oferta, já que o ritmo da colheita da safra de inverno ainda está lento. Além disso, as baixas temperaturas registradas nos últimos dias nas principais regiões em atividade no momento têm atrasado a maturação dos frutos.

Entre 8 e 12 de maio, os tomates salada longa vida 2A e 3A foram comercializados a R$ 42,96/caixa e a R$ 70,15/caixa de 20 kg, respectivamente, na Ceagesp, com valorizações de 27,3% e de 32,6%. Apesar das altas, atacadistas reportaram que o ritmo de vendas não foi muito intenso no período. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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