Indicadores Cepea: boi, suínos e manga

Boi: indicador atinge R$ 151, o maior patamar nominal desde novembro de 2016

Os preços do boi gordo continuam em alta no mercado brasileiro. Nessa quarta-feira, 19 de setembro, o Indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo atingiu R$ 151,00, o maior patamar nominal desde 23 de novembro de 2016, quando o fechou a R$ 151,70.

No acumulado parcial de setembro (até o dia 19), a alta do indicador é de 2,86%. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o impulso vem da baixa oferta de animais prontos para o abate. Além disso, as exportações brasileiras de carne in natura seguem intensas neste mês, contexto que ajuda a reduzir a disponibilidade doméstica.

 

Suínos: valorização favorece recuperação no poder de compra

De acordo com pesquisas do Cepea, as recentes valorizações do suíno vivo têm possibilitado ao suinocultor paulista certa recuperação no poder de compra em setembro frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja). Vale ressaltar, no entanto, que os elevados patamares dos preços dos insumos ainda pressionam as margens de comercialização do produtor.

Apesar desse cenário, a margem de comercialização do suinocultor consultado pelo Cepea continua negativa, devido, principalmente, aos preços dos grãos. Dessa forma, a valorização do suíno na região paulista na parcial de setembro não é suficiente para reverter o cenário de prejuízo, o qual já perdura há um semestre.

 

Manga: exportação aos Estados Unidos registra lentidão em 2018

Os embarques brasileiros de manga aos Estados Unidos estão lentos em 2018. Vale ressaltar que as exportações para esse país registraram bom desempenho nos últimos anos. Isso porque, de acordo com o portal Fresh Plaza, o mercado norte-americano está saturado de frutas mexicanas – cenário que tem pressionado os valores da manga nos EUA.

Além disso, o fraco desempenho das exportações também está atrelado aos preços da tommy no mercado nacional em agosto, que eram considerados satisfatórios pelo produtor, reduzindo, assim, a atratividade das vendas internacionais. Porém, conforme a colheita da variedade ganha força no País, as exportações devem ser uma boa alternativa para escoar o excesso de frutas.

Neste cenário, produtores consultados pelo Cepea estão incertos quanto à manutenção dos bons preços da tommy, uma vez que a oferta nacional da variedade deve aumentar em setembro e as exportações podem não ser suficientes para sustentar as cotações.

 

Fonte: Cepea

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