Boi: liquidez é baixa e diferença entre preços reportados segue ampla
O ritmo de comercialização está lento no mercado de boi gordo. Segundo colaboradores do Cepea, negócios envolvendo volumes maiores, com características diferentes e que atendem a demandas mais urgentes, têm sido efetivados a preços significativamente superiores aos demais, resultando na continuidade da dispersão entre mínimos e máximos registrada na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea.
Em São Paulo, o Indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo subiu apenas 0,21% nos últimos sete dias, para R$ 139,55 no dia 14, nessa data, o intervalo da amostra considerada para cálculo das médias regionais foi de R$ 137,76 a R$ 144,60, preços à vista e livres de Funrural.
Indústria ativa e retração produtora sustentam valores do arroz em casca
Boa parte das indústrias vem mantendo o interesse por novas aquisições de arroz em casca no Rio Grande do Sul, tanto do produto depositado quanto do “livre” (armazenado nas propriedades rurais). Apesar da “queda de braço” com os setores atacadista e varejista quanto aos valores do fardo, algumas beneficiadoras consultadas pelo Cepea afirmam que as vendas estão em bom ritmo.
Com isso, indústrias estiveram ativas, buscando repor estoques. Do lado vendedor, alguns produtores permanecem fora do mercado, voltados apenas às atividades de semeio da safra 2017/18, apesar da instabilidade do clima no RS nos últimos dias.
Nesse cenário, o Indicador Esalq/Senar-RS seguiu praticamente estável (+ 0,04%) entre 7 e 14 de novembro, fechando a R$ 37,30/saca de 50 kg na terça-feira, 14.
Café: média real do robusta em novembro é a menor desde setembro de 2015
Os preços do café robusta têm recuado no mercado interno desde o início deste ano. Considerando apenas a parcial de novembro (até o dia 14), a média do Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6 peneira 13 acima foi de R$ 360,47/saca de 60 kg, o menor preço real desde setembro/2015, quando era de R$ 340,81/saca (deflacionado pelo IGP-DI de out/17). Na terça-feira (14/11), o indicador encerrou a R$ 360,29/saca de 60 kg, com queda de 0,9% em relação à terça-feira anterior (7).
Segundo colaboradores do Cepea, as desvalorizações estão atreladas principalmente ao preço externo da variedade, que caiu nas últimas semanas, acompanhando a aproximação da colheita no Vietnã e a expectativa de boa safra 2018/19 no Brasil.
Algodão: com vendedor firme e comprador cauteloso, preço oscila pouco
Os preços do algodão em pluma vêm registrando pequenas oscilações no mercado doméstico. Segundo colaboradores do Cepea, enquanto compradores estão cautelosos em aumentar o preço ofertado, a maioria dos cotonicultores e das tradings está firme nos valores pedidos.
Assim, quando indústrias têm necessidade, precisam ser mais flexíveis para conseguir adquirir novos volumes de pluma, especialmente de boa qualidade, sendo que boa parte dos lotes apresenta alguma característica e diversidade de tipos. A menor parte de vendedores, no entanto, esteve mais flexível quanto aos preços de venda. Assim, o Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, recuou 0,87% entre 7 e 14 de novembro, fechando a R$ 2,3940/lp na terça-feira (14).
Fonte: Cepea/Esalq
