Indicadores Cepea: arroz, cebola, café e algodão

Preço do arroz em casca segue enfraquecido

Com produtores atentos às lavouras e indústrias retraídas, as negociações de arroz em casca no Rio Grande do Sul seguem lentas e as cotações, enfraquecidas. De 18 a 25 de abril, o Indicador Esalq-Senar/RS recuou ligeiro 0,3%, fechando a R$ 38,72/saca de 50 kg na terça-feira (25). Na parcial de abril, o indicador acumula queda de 3%.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), beneficiadoras se mostram pouco ativas, trabalhando com estoques já adquiridos da safra 2016/17 ou mesmo importados, principalmente de parceiros do Mercosul. Do lado vendedor, produtores seguem voltados às atividades de colheita, de arroz ou de soja, apesar da dificuldade de avanço devido às chuvas dos últimos dias.

 

Cebola: preço mais que dobra em Ituporanga em duas semanas

O preço médio da cebola crioula ao produtor de Ituporanga (SC) foi de R$ 1,00/kg na última semana – expressivo aumento de 68,4% em relação ao período anterior, e de 122% em relação à segunda semana do mês (3 a 7). No entanto, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, as cotações mais elevadas ainda não vêm gerando ganhos ao produtor da região catarinense, já que o volume do bulbo na região é baixo.

A rentabilidade de cebolicultores sulistas foi negativa durante praticamente toda a temporada. Como a oferta no Sul está terminando e a colheita em Irecê e no Vale do São Francisco ainda está em ritmo lento, os valores devem se sustentar nos próximos dias. Já para maio, a previsão é que as importações da Argentina e da Europa se intensifiquem, elevando a oferta disponível e, consequentemente, pressionando as cotações.

 

Café: robusta acumula forte queda de 11% em abril

Os preços internos do café estão em forte queda. Para o robusta, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, acumula expressivo recuo de 11% na parcial de abril (até o dia 25), fechando a R$ 390,11/saca de 60 kg na terça-feira (25).

Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem do avanço da colheita da variedade no ES combinado à retração compradora. Indústrias aguardam a intensificação das atividades para adquirir maiores quantidades.

Em relação ao arábica, a desvalorização acumulada é de 4,8%, com o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, a R$ 452,38/saca na terça-feira. As baixas do arábica, por sua vez, estão atreladas à proximidade da colheita da temporada 2017/18 (que deve começar em maio), às oscilações do dólar e à forte queda externa.

 

Algodão: vendedor firme sustenta preço da pluma

As cotações do algodão em pluma estão um pouco mais firmes no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicando produção 14,3% maior nesta safra (2016/17), parte dos cotonicultores segue firme, na expectativa de preços mais elevados. Já representantes de indústrias continuam cautelosos, alegando lentidão nas vendas de derivados.

Entre 18 a 25 de abril, o Indicador Cepea/Esalq com pagamento em oito dias teve leve variação positiva de 0,5%, fechando a R$ 2,7549/lp na terça-feira (25). Na parcial de abril, o indicador recua ligeiro 0,3%. Nos últimos dias, alguns lotes (a maioria de pequenos volumes) foram efetivados para entrega rápida, ora com compradores cedendo quanto à qualidade, ora com vendedores flexíveis quanto ao valor de fechamento.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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