Arroz: preço segue firme neste fim de temporada
A colheita do arroz da temporada 2020/21 está terminando no Rio Grande do Sul. Mesmo assim, o preço segue firme em boa parte das regiões produtoras do estado. Esse cenário tem favorecido a receita dos produtores que estão negociando o produto da nova safra.
Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as unidades de beneficiamento ainda sinalizam certa dificuldade de comercialização de arroz com atacadistas e varejistas, relatando custos mais elevados, o que acaba influenciando as margens e transmissões de preços entre os elos da cadeia.
Entre os dias 20 e 27 de abril, o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada e pagamento à vista), permaneceu praticamente estável (- 0,02%), fechando a R$ 86,64/saca de 50 kg no dia 27. A média parcial do Indicador neste mês (até o dia 27) está em R$ 87,10/saca de 50 kg, 1,23% superior à de março de 2021.
Café: indicador do arábica renova recorde nominal
Nesta semana, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, posto na capital paulista, registrou novo recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 1996.
Porém, é importante ressaltar que, quando deflacionado, o valor atual ainda está bem abaixo do recorde real de R$ 1.798,98, registrado em maio de 1997 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de março de 2021).
No acumulado da parcial deste mês (de 31 de março a 27 de abril), o Indicador Cepea/Esalq do arábica subiu R$ 76,67 por saca (ou 10,8%), fechando a terça-feira (27/4), a R$ 785,11/saca de 60 kg, a maior cotação nominal da série.
Segundo pesquisadores do Cepea, além da já esperada quebra de safra em 2021/22 no Brasil por conta da seca em 2020, o início do período mais seco do ano (outono e inverno) tem preocupado agentes.
A falta de chuvas tem adiantado a maturação dos grãos e gerado alertas quanto ao seu enchimento final. Além disso, cafeicultores temem que a produção da temporada 2022/23 também seja prejudicada pelo atual contexto climático.
Algodão: indicador volta a operar acima dos R$ 5,00/lp
O algodão em pluma voltou a ser negociado acima de R$ 5,00/libra-peso nos últimos dias, patamar que não era registrado desde a primeira dezena de março. Segundo pesquisadores do Cepea, essa recuperação nos preços está atrelada à posição firme de vendedores.
Os agentes estão atentos às elevações das cotações internacionais da pluma, ao clima seco no Brasil e ao plantio nos Estados Unidos. Além disso, alguns vendedores estão focados no embarque de contratos a termo, disponibilizando poucos lotes no spot.
Do lado da demanda, compradores com necessidade imediata precisam ceder para conseguir realizar novas aquisições. Na parcial de abril (até o dia 27), o Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, subiu 7,90%, fechando em R$ 5,1905/lp nesta terça-feira (27).
Cepea