Indicadores Cepea: algodão, café, batata e arroz

Algodão: preços oscilam, mas registram alta na semana

As cotações do algodão em pluma registraram pequenas oscilações nos últimos dias, cenário que, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), está atrelado à “queda de braço” entre compradores e vendedores.

Na segunda-feira (28/8), porém, a elevação dos contratos na Bolsa de Nova York (ICE Futures) afastou alguns vendedores do mercado doméstico, impulsionando os preços no Brasil. O ritmo de negócios, por sua vez, está aquecido, com boa parte dos lotes envolvendo pequenos volumes. Nesse cenário, o Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, subiu 1,15% entre 22 a 29 de agosto, fechando a R$ 2,4436/lp na terça-feira (29/8).

 

Café: apesar do cenário favorável, poder de compra de cafeicultor diminui

Mesmo com clima e preços do grão favoráveis à realização dos tratos culturais, o poder de compra do cafeicultor brasileiro frente à ureia, um dos principais fertilizantes utilizados na adubação de cobertura, está menor nesta parcial de agosto, frente ao mesmo período de 2016.

Segundo dados do Cepea, na média das principais regiões produtoras de café arábica, o produtor precisa de 6% mais grãos do tipo 6, bebida dura para melhor, para adquirir uma tonelada do adubo. No caso do robusta, o poder de compra também diminuiu, sendo necessário vender 3% mais grãos do tipo 6, peneira 13 acima, para adquirir uma tonelada de ureia.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado às desvalorizações do café e à alta do valor da ureia, de 3,1%, em média, em um ano. Na parcial deste mês (até o dia 29), os preços do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, recuaram 3,5% frente a agosto de 2016. Para o robusta, no Espírito Santo, o café tipo 6, peneira 13 acima, se desvalorizou 2,77% na mesma comparação.

 

Batata: cotações recuam 19% no atacado carioca

As cotações da batata padrão ágata especial estão em queda nos principais atacados do país. As maiores desvalorizações foram observadas no atacado da cidade do Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em São Paulo, onde o produto teve médias de R$ 39,00, R$ 37,05 e R$ 45,56/saca de 50 kg entre 21 e 25 de agosto, com respectivas baixas de 19,08%, 13,39% e 9,29% em relação à semana anterior.

Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, as desvalorizações do tubérculo estão atreladas ao avanço da colheita da safra de inverno nas regiões de Vargem Grande do Sul (SP), Cristalina (GO), Sul e Cerrado de Minas Gerais.

 

Com maior oferta e recuo dos compradores, arroz em casca se desvaloriza

As intenções de venda de arroz em casca estão mais evidentes que as de compra no Rio Grande do Sul, o que tem pressionado os preços do cereal no estado. Segundo pesquisadores do Cepea, as indústrias estão cautelosas quanto a novas aquisições, devido ao enfraquecimento das vendas do produto beneficiado entre julho e agosto e aos menores valores ofertados pelos setores atacadista e varejista dos grandes centros.

Do lado vendedor, produtores têm estado mais presentes no spot, disponibilizando lotes para “fazer caixa” e cumprir com pagamentos de safra. Neste cenário, o Indicador do Arroz em Casca Esalq-Senar/RS recuou 2,72% entre 22 e 29 de agosto, fechando a R$ 38,55/saca de 50 kg no dia 29.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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