Indicadores Cepea: algodão, batata e arroz

Algodão: postura firme de vendedores sustenta preços

Os preços internos do algodão em pluma têm oscilado, ora sustentados pela postura firme de vendedores ora pressionados pela retração compradora. Segundo pesquisadores do Cepea, grande parte das empresas alega dificuldades em repassar os altos preços da matéria-prima para produtos derivados, como fios, e aguarda valores menores para adquirir novos lotes no spot.

Dessa forma, a maioria das indústrias está trabalhando com a pluma em estoque e/ou de contratos realizados anteriormente. No balanço dos últimos sete dias, as cotações se mostraram praticamente estáveis, indicando uma predominância do comportamento de cotonicultores.

O ritmo de negócios segue lento. Entre 14 e 21 de fevereiro, o Indicador Cepea/Esalq com pagamento em oito dias, referente à pluma 41-4 posta em São Paulo teve leve queda de 0,3%, fechando a R$ 2,7364/lp na terça-feira (21). Na parcial do mês (até dia 21), o indicador registra baixa de 0,76%.

 

Batata: chuvas no Paraná e em Santa Catarina impulsionam preços

O preço da batata padrão ágata especial subiu 10,76% na última semana, frente à anterior, a R$ 52,55/saca de 50 kg no atacado paulistano. Conforme pesquisadores do Cepea, essa alta se deve ao “mercado de chuva” no início do período nas regiões de Guarapuava (PR) e Água Doce (SC), o que reduziu o volume dos atacados e impulsionou os preços do tubérculo.

A alta nas cotações só não foi mais expressiva porque a oferta em algumas regiões, como o Sul de Minas, ainda é grande. Além disso, o Cerrado vem intensificando a safra.

 

Arroz: menor demanda pressiona cotações

As cotações de arroz continuam em queda no mercado interno. Entre 14 e 21 de fevereiro, o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros, registrou queda de 2,2%, fechando a R$ 47,93/saca de 50 kg na terça-feira (21).

Segundo pesquisadores do Cepea, indústrias seguem retraídas, trabalhando com estoque já adquirido e aguardando o avanço de colheita da safra 2016/17 – com crescimento estimado em 15,2% na produção do Rio Grande do Sul (5º levantamento de safra da Conab). Do lado vendedor, orizicultores estão voltados às atividades de colheita. Mesmo assim, alguns negócios de arroz da nova safra foram efetivados no período.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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