Indicadores Cepea: algodão, arroz, tomate e café

Algodão: vendedor firme sustenta movimento de alta no Brasil

A postura firme de vendedores quanto aos preços do algodão vem sustentando o movimento de alta no mercado interno. Diante disso, os compradores com necessidade de pluma para embarque imediato precisam ceder para fechar novos negócios.

Outras indústrias, por sua vez, segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), estão cautelosas nas compras de novos lotes no spot, alegando dificuldades no repasse das altas da matéria-prima aos derivados.

Entre 6 e 13 de março, o Indicador do Algodão Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, subiu 2,23%, fechando a R$ 3,0031/lp nessa terça-feira (13/3), o maior patamar nominal desde o dia 27 de abril de 2011. Na parcial de março, o indicador acumula aumento de 5,68%.

 

Arroz: colheita avança e pressiona cotações no Rio Grande do Sul

Com o progresso da colheita, os preços do arroz estão em queda no Rio Grande do Sul. Conforme colaboradores do Cepea, as cotações vêm caindo com mais força nas regiões onde os trabalhos estão mais adiantados.

Ainda assim, a liquidez segue baixa, visto que engenhos aguardam o avanço das atividades na expectativa de preços ainda menores, enquanto vendedores esperam que as intervenções governamentais impulsionem os valores.

Entre 6 e 13 de março, especificamente, o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% de grãos inteiros, manteve-se praticamente estável (-0,05%), já que o leilão realizado pela Conab nesta quarta-feira (14/3), elevou a demanda pelo produto desta temporada. No dia 13, o indicador fechou a R$ 35,12/sc de 50 kg.

 

Tomate: calor acelera maturação, eleva oferta e preços recuam

As altas temperaturas dos últimos dias têm acelerado a maturação dos tomates, aumentando a oferta e pressionando os valores do fruto. Além disso, conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, problemas relacionados ao tamanho dos tomates também vêm contribuindo para as desvalorizações.

Entre 5 e 9 de março, o tomate salada longa vida 2A teve média de R$ 37,50/caixa de 20 kg na Ceagesp, com queda de 7,47% frente à média da semana anterior. O salada longa vida 3A, por sua vez, teve média de R$ 62,80/caixa no atacado paulistano, com recuo de 6,06% na mesma comparação.

Nas praças de Caçador (SC), Itapeva (SP) e Venda Nova do Imigrante (ES), as cotações caíram 20,38%, 12,08% e 7,04%, respectivamente, para as médias de R$ 37,00/caixa, R$ 46,79/caixa, e R$ 50,73/caixa.

 

Café: safra 2018/19 se aproxima e valor do robusta cai

As cotações do café robusta estão em queda no mercado brasileiro. Até o dia 13, o Indicador Cepea/Esalq do robusta do tipo 6 peneira 13 acima teve média de R$ 307,40/saca de 60 kg – 3,7% menor que a de fevereiro (R$ 319,13/saca) e 31,1% abaixo da de março/2017 (quando a média real foi de R$ 445,98/saca).

Conforme colaboradores do Cepea, as cotações têm sido pressionadas pela aproximação da colheita da safra 2018/19, que deve se iniciar no final deste mês em Rondônia, o segundo maior produtor de robusta no Brasil.

Quanto ao arábica, as negociações têm seguido em ritmo ainda mais lento que as do robusta, visto que muitos compradores só devem adquirir bons volumes do grão com a entrada da safra 2018/19. Os atuais preços de comercialização também afastam produtores do mercado, que continuam retendo suas mercadorias nas propriedades e cooperativas.

 

Fonte: Cepea

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