Açúcar: média sobe em outubro e volta ao patamar de agosto de 2017
A média do Indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 a 180, referente ao mercado paulista, foi de R$ 54,64/saca 50 kg em outubro/2017, alta de 4,25% frente à do mês anterior.
No acumulado de outubro (de 29 de setembro a 31 de outubro), o Indicador subiu fortes 9,66%. Com esse aumento, os preços praticados no mês passado voltaram ao patamar de agosto/17 (de R$ 54,42/saca).
Segundo agentes de usinas paulistas consultados pelo Cepea, em setembro, os valores estavam próximos dos custos de produção, dificultando a venda do açúcar. Esse cenário, somado ao aumento da demanda, levou operadores a aumentar os valores pedidos.
Além disso, chuvas foram registradas no estado de São Paulo no período, interrompendo a colheita e sustentando as altas. Esse movimento continua sendo observado neste início de novembro: de 30 de outubro a 6 de novembro, o Indicador avançou expressivos 5,4%, fechando a R$ 60,25/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 6 de novembro.
Trigo: preços registram comportamentos distintos
Os preços do trigo em grão registraram comportamentos distintos no acumulado de outubro (de 29 de setembro a 31 de outubro) nas regiões acompanhadas pelo Cepea, movimento que permanece neste início de novembro.
Segundo colaboradores do Cepea, o recuo de algumas cotações esteve atrelado à boa disponibilidade do cereal da safra 2017/18 e ao baixo interesse de compra no mês passado, uma vez que moinhos estiveram cautelosos em realizar novas negociações diante das baixas qualidade e produtividade do trigo nesta temporada.
As altas, por sua vez, se justificam pela presença de lotes da safra passada, que têm custo maior. No mercado de derivados, os preços da maioria das farinhas recuaram no mês passado, enquanto que as cotações do farelo seguiram firmes, cenário que persistiram na primeira semana de novembro.
No acumulado de outubro, os preços da farinha para panificação caíram 3,68%; já o farelo a granel e o ensacado se valorizaram 6,32% e 6%, respectivamente, no mesmo período.
Leite: leite UHT registra a quarta alta consecutiva e muçarela recua
Na tentativa de recuperar suas margens, a indústria elevou novamente o preço do leite UHT negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo.
Entre 30 de outubro e 3 de novembro, as cotações do derivado registraram alta de 1,15% em relação ao período anterior, com média de R$ 2,11/litro, essa foi a quarta valorização consecutiva para o produto.
Já as cotações do queijo muçarela recuaram (após três semanas em alta), devido à menor demanda. Entre 30 de outubro e 3 de novembro, o preço do derivado caiu 0,9% frente ao período anterior, com média de R$ 14,12/kg.
Etanol: menor oferta eleva preços, que atingem maior patamar da safra
Com a antecipação das compras para abastecimento no feriado de Finados (2 de novembro) e menos dias de negociações, o volume de etanol comercializado na última semana foi mais baixo que em semanas anteriores, o que elevou as cotações.
Conforme colaboradores do Cepea, o menor número de usinas presentes no mercado spot (ofertando preços maiores) também impulsionou os valores. Entre 30 de outubro e 3 de novembro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou com média de R$ 1,5889/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), elevação de 1,07% em relação à semana anterior.
No caso do etanol anidro, o Indicador Cepea/Esalq foi de R$ 1,7450/litro (sem PIS/Cofins), alta de 4,92% na mesma comparação. Para ambos os etanóis, a média da última semana foi a maior da safra 2017/18. No mesmo período, o etanol anidro voltou a remunerar mais (3%) que o hidratado, segundo cálculos do Cepea.
Fonte: Cepea/Esalq