Indicadores Cepea: açúcar, etanol, trigo e alface

Açúcar: indicador registra o maior aumento de toda a série para o mês de novembro

As cotações do açúcar cristal praticadas nas negociações no mercado spot do estado de São Paulo vêm registrando fortes altas no correr deste mês.

Na parcial de novembro (até o dia 27/11), o Indicador do Açúcar Cristal Cepea/Esalq (cor Icumsa de 130 até 180) acumula expressiva elevação de 16,55% – o maior aumento registrado para o Indicador em um mês de novembro, considerando-se toda a série histórica do Cepea para o produto.

Esse cenário se deve às indicações de que a moagem da cana-de-açúcar será finalizada mais cedo nesta temporada, segundo colaboradores do Cepea. Algumas usinas, inclusive, reduziram o volume de suas vendas de açúcar para o mercado spot neste período, priorizando a entrega de contratos.

 

Etanol: preço do hidratado sobe, mesmo com queda nas negociações

Apesar do ritmo de negócios envolvendo etanol estar mais lento no estado de São Paulo, os preços do hidratado e anidro registraram alta por mais uma semana.

Apesar disso, a paridade segue favorável para o etanol hidratado frente à gasolina C nas bombas. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário e a proximidade do final da moagem em São Paulo, com expectativa de aumento de preços, são os fatores que têm sustentado os valores.

Devido a chuvas frequentes no estado paulista, algumas unidades produtoras ainda não finalizaram a safra. Entre 20 e 24 de novembro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado para o estado de São Paulo foi de R$ 1,6810/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), ligeira alta de 0,24% em relação ao período anterior. Quanto ao etanol anidro, o Indicador Cepea/Esalq foi de R$ 1,8324/litro (sem PIS/Cofins), pequeno aumento de 0,21% no mesmo comparativo.

 

Trigo: baixa oferta de qualidade impulsiona cotação

Os preços de trigo estão em alta, apesar do período de final de colheita no Sul do País.

Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário se deve à baixa oferta do cereal de boa qualidade, que restringe a intenção de vendedores em negociar.

Do lado comprador, ainda que pontualmente, moinhos têm interesse de aquisição, mas registram dificuldades em fechar negócios, devido à menor disponibilidade.

As cotações das farinhas, por sua vez, também subiram, devido ao repasse da alta nos custos da aquisição do grão. Vale ressaltar que agentes consultados pelo Cepea já tentavam reajustar os preços de alguns derivados em meses anteriores, mas sem sucesso devido ao fraco consumo.

 

Alface: em falta em SP, preço se eleva

Os preços das alfaces subiram entre 20 e 24 de novembro nas regiões paulistas de Ibiúna e Mogi das Cruzes, em especial a americana.

Isso porque, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, as chuvas ocorridas no período atrasaram o desenvolvimento das folhosas, cenário que ocasionou uma menor quantidade do produto, que já vinha em falta.

Em Mogi das Cruzes, o preço registrou aumento de 16,2% frente à semana anterior, com a caixa de 12 unidades a R$ 14,46.

 

Fonte: Cepea

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