Açúcar: com chuvas e menor produção, cotações seguem em alta
As cotações do açúcar cristal estão em alta desde o início deste mês no mercado paulista. Na semana passada, as chuvas voltaram a atrapalhar a colheita em algumas regiões produtoras do estado de São Paulo, fortalecendo o movimento altista dos preços.
Além disso, a produção de açúcar divulgada pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) foi menor na primeira quinzena de outubro, o que também favorece as valorizações.
De 23 a 30 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180, registrou forte alta de 2,55%, fechando a segunda-feira (30/10), a R$ 57,14/saca de 50 kg.
Etanol: demanda firme impulsiona valores
A demanda por etanol continua firme, com registros de grandes volumes negociados. Distribuidoras, que já haviam começado a se abastecer para atender à procura para o feriado de Finados, mantiveram o bom ritmo de compras entre os dias 23 e 27 de outubro.
Nesse cenário, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou com média de R$ 1,5721/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins) na última semana, com aumento de 2,3% em relação ao período anterior.
O Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro, por sua vez, foi de R$ 1,6632/litro (sem Pis/Cofins), com aumento de 2,36% na mesma comparação.
Maçã: preço médio da gala é o quarto maior da série histórica
As cotações da maçã gala graúda Cat 1 tiveram média de R$ 54,23/caixa de 18 kg na região de Fraiburgo (SC) em outubro, a quarta maior para o mês (em termos nominais) considerando a série histórica do Hortifruti/Cepea, iniciada em 2007.
Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a oferta da variedade diminuiu ainda mais entre 23 e 27 de outubro, impulsionando os valores da fruta no mercado interno.
As importações para o final de ano, no entanto, podem limitar as altas da variedade, visto que algumas empresas já começaram a comprar maçãs de outros países, como Portugal, França e Chile.
Trigo: dólar sobe e eleva preços e vendas no Brasil
Mesmo com a colheita em reta final no Paraná e avançando no Rio Grande do Sul, os preços do trigo continuam em altos patamares. Segundo pesquisadores do Cepea, este cenário se deve à alta do dólar de 1,8%, entre 20 e 27 de outubro.
Na última quinta-feira (26/10), a moeda atingiu a maior cotação desde julho/2017, de R$ 3,276. Com isso, a paridade de importação se elevou e compradores voltaram suas atenções ao produto nacional.
Além disso, a baixa oferta e a qualidade inferior do trigo também têm contribuído para as altas. Quanto às negociações, ocorrem pontualmente, uma vez que moinhos têm bons estoques.
Apesar disso, o mercado apresentou melhor liquidez frente às semanas anteriores, visto que os lotes ofertados contêm os primeiros volumes colhidos e apresentam qualidade superior.
Fonte: Cepea