Indicadores Cepea: açúcar, etanol e trigo

Açúcar: setembro registra maior média da safra 2018/19

A média de setembro/18 do Indicador do Açúcar Cristal Cepea/Esalq (cor Icumsa de 130 até 180, mercado paulista) foi de R$ 60,69/saca de 50 kg, 18% maior que a de agosto/18 (R$ 51,49/saca de 50 kg).

Com esse aumento, o preço médio de setembro/18 supera a média de junho/18 (R$ 58,45/saca de 50 kg), que era a maior no acumulado da temporada 2018/19, em termos reais, com valores deflacionados pelo IGP-DI base agosto/18.

Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte veio da queda da produção de açúcar, que tem se confirmado ao longo da temporada.

Além disso, a desvalorização do real no mês de setembro fortaleceu a posição das usinas em subir os preços ofertados, já que o maior volume de açúcar produzido no Brasil é exportado. A demanda também foi mais aquecida e os volumes captados em setembro superaram os de agosto.

 

Etanol: demanda aquecida eleva preços em setembro

A demanda aquecida nas bombas de São Paulo e de outros estados consumidores importantes aumentou as cotações dos etanóis anidro e hidratado em setembro, segundo dados do Cepea.

A média do Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado nas semanas cheias de setembro foi de R$ 1,6855/litro, com forte aumento de 16,6% na comparação com a de agosto (R$ 1,4454/litro). Quanto ao anidro, a média em setembro, de R$ 1,8279/litro, foi 14,1% maior (R$ 1,6024/litro) que a do mês anterior, ambos considerando apenas o mercado spot de São Paulo.

Segundo dados da ANP (Agência de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível), a paridade de preços nos postos de São Paulo em setembro foi vantajosa para o biocombustível, com relação de preços de 59,3%, em comparação aos 67,4% no mesmo período de 2017.

 

Trigo: colheita avança e pressiona cotações no Brasil

A colheita de trigo tem avançado aos poucos, pressionando os valores do grão no mercado brasileiro, segundo informações do Cepea. Em setembro, as baixas foram mais acentuadas nas regiões com colheita mais adiantada, apesar da maior liquidez, como nas regiões oeste e norte do Paraná.

No acumulado do mês passado (de 31 de agosto a 28 de setembro), no balcão, os valores recuaram 4,2% no Paraná, mas registraram altas de apenas 1,1% no Rio Grande do Sul e de 0,2% em Santa Catarina. No mercado de lotes, no acumulado do mês, as cotações caíram expressivos 12,3% no Paraná, 6,9% em Santa Catarina e 4,2% em São Paulo, mas ficaram 1% maiores no Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Cepea

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