Açúcar: indicador cristal registra queda em sete dias
Os preços do açúcar cristal registraram pequenas oscilações no mercado paulista na semana passada, de acordo com pesquisas do Cepea. Tanto no início quando no fim da semana, as cotações caíram, período quando foram captados negócios envolvendo maiores quantidades do açúcar cristal. No meio da semana, os valores se sustentaram, mas o volume captado nas negociações foi menor. Esse cenário confirma que as usinas paulistas se tornam mais flexíveis em baixar os valores de suas ofertas quando compradores consultados pelo Cepea buscam maiores quantidades. Mesmo com as projeções para esta temporada de 2018/19 indicando menor produção de açúcar, a demanda não tem mostrado sinais de aquecimento.
De 23 a 30 de julho, o Indicador do açúcar cristal Cepea/Esalq cor Icumsa de 130 até 180 caiu 1,19%, indo a R$ 59,79/saca de 50 kg no dia 30.
Etanol: preços caem pela 7ª semana consecutiva
Os preços dos etanóis caíram pela sétima semana consecutiva em São Paulo, devido à necessidade de vendas por parte de algumas usinas consultadas pelo Cepea. Além disso, algumas unidades precisam abrir espaço nos tanques, cenário que também influenciou os novos recuos nos valores.
Entre 23 e 27 de julho, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado (estado de São Paulo) fechou a R$ 1,4312/litro, queda de 1,71% em relação à semana anterior. O Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro foi de R$ 1,6526/litro, ligeiro recuo de 0,24% no mesmo período. Em sete semanas, a desvalorização é de 15,6% para o etanol hidratado e de 10,9% para o anidro, segundo levantamento semanal do Cepea.
Trigo: incertezas quanto aos fretes limitam negociações
As incertezas relacionadas aos valores de fretes no Brasil seguem limitando as negociações envolvendo trigo e derivados. No entanto, como em praticamente todo o primeiro semestre deste ano a comercialização esteve aquecida, muitos compradores consultados pelo Cepea se mostram sem necessidade de novas aquisições.
No geral, segundo pesquisas do Cepea, o ritmo de negócios diminuiu fortemente no mercado interno a partir de maio, quando as dificuldades logísticas se iniciaram após a greve dos caminhoneiros. O clima adverso no Brasil e as possíveis reduções na produção e produtividade no Sul podem alterar este cenário de baixa liquidez, já que a necessidade de importação deve crescer. Por sua vez, como a logística dos portos nacionais até o destino pode ficar mais encarecida, os preços finais do cereal e dos derivados devem subir também no mercado doméstico.
Fonte: Cepea