Indicadores Cepea: açúcar, etanol e trigo

Açúcar: depois de queda em junho, volume negociado fica estável

Após o volume de açúcar negociado no mercado spot do estado de São Paulo ter recuado em junho, a movimentação seguiu praticamente estável na primeira semana deste mês, segundo informações do Cepea.

A média da semana passada (de 2 a 6 de julho) do Indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 57,92/saca de 50 kg queda de 1,07% em relação ao período anterior (R$ 58,54/saca de 50 kg).

Quanto às exportações de açúcar, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), de janeiro a junho deste ano, totalizaram 9.811 milhões de toneladas, quantidade 23,25% inferior à do mesmo período de 2017 (12,783 milhões de toneladas). A receita, no acumulado de janeiro a junho de 2018, somou US$ 3.209 bilhões, 41,8% abaixo da de igual período de 2017 (de US$ 5.514 bilhões).

 

Etanol: demanda aumenta, mas quedas se mantêm

Os preços dos etanóis anidro e hidratado recuaram no mercado paulista na semana passada, segundo dados do Cepea.

Entre 2 e 6 de julho, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou a R$ 1,4736/litro, baixa de 2,21% frente à semana anterior.

O Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro foi de R$ 1,6681/litro, queda de 4,6% no mesmo período. Do lado das usinas, os preços dos etanóis foram influenciados pelas unidades que vêm negociando sem ICMS (etanol diferido), por estarem descredenciadas para o recolhimento do imposto.

Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que unidades precisaram vender volumes a preços menores, devido à necessidade de fazer caixa. As baixas foram observadas apesar do aquecimento da demanda, com a aquisição de volumes maiores para atender à demanda do feriado de 9 de julho (Revolução Constitucionalista de 1932) no estado de São Paulo.

 

Trigo: após recordes nominais, preços se enfraquecem

Neste início de julho, as cotações do trigo têm se enfraquecido em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea. Vale lembrar que, em junho os preços registraram patamares recordes nominais. Os motivos para as baixas são o crescimento das importações em junho e as expectativas de boas produtividade e produção no Brasil.

Dados da Secex apontam que, de maio para junho, as importações do trigo aumentaram expressivos 47,1%, somando 584.930 toneladas no último mês. Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, alguns produtores elevaram o volume ofertado, devido à necessidade de liberar espaço nos armazéns.

 

Fonte: Cepea

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