Indicadores Cepea: açúcar, etanol, alface e trigo

Açúcar: indicador sobe mais de 6% em sete dias

O preço do açúcar cristal subiu de forma expressiva nos últimos dias no mercado paulista. O Indicador Cepea/Esalq, cor Icumsa de 130 até 180 (estado de São Paulo), que estava no patamar de R$ 58,00 nos primeiros dias do mês, encerrou essa segunda-feira, 13 de novembro, na casa dos R$ 64,00/saca de 50 kg.

Segundo informações do Cepea, até o final de novembro, mais da metade das usinas do estado de São Paulo já terá encerrado a moagem da cana-de-açúcar da safra 2017/18.

Esse pode ser um dos principais motivos para a elevação dos preços do açúcar no mercado spot, uma vez que a entressafra deve ser mais prolongada em relação à temporada anterior. Além disso, compradores têm cedido à alta dos preços, sendo que o volume captado nas negociações vem se mantendo estável.

De 6 a 13 de novembro, o Cepea/Esalq teve forte avanço de 6,27%, fechando a R$ 64,03/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 13. Na parcial de novembro (até o dia 13), a alta já ultrapassa os 10%.

 

Etanol: com demanda firme, preço do hidratado registra a 8ª alta consecutiva

As cotações do etanol hidratado continuam em alta no mercado paulista, refletindo a procura aquecida pelo biocombustível.

Entre 6 e 10 de novembro, os preços do hidratado registraram a oitava semana consecutiva de alta. Segundo colaboradores do Cepea, distribuidoras mantiveram o interesse de compras, visando atender às vendas no varejo em função da vantagem do hidratado sobre a gasolina C.

Além disso, a expectativa de elevação de preços nos próximos meses, por conta da proximidade do encerramento da moagem na região Centro-Sul, influencia esse comportamento.

Entre 6 e 10 de novembro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado (estado de São Paulo) fechou a R$ 1,6247/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), elevação de 2,25% em relação à semana anterior. No acumulado das últimas oito semanas, o avanço foi de 13,2%.

 

Alface: menor qualidade e redução da oferta elevam cotações em SP

As cotações das alfaces estão em alta nas regiões de Ibiúna e Mogi das Cruzes (SP), refletindo a menor da oferta, já que produtores reduziram o transplantio nos últimos meses.

Ao mesmo tempo, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, as vendas aumentaram, devido ao clima mais quente. Além disso, a qualidade das folhosas de algumas roças piorou, em decorrência das chuvas das últimas semanas.

Em Mogi das Cruzes, inclusive, ocorreram casos de queima de borda, queima de miolo e doenças bacterianas. Já em Ibiúna, foram observadas pintas e vira-cabeça em algumas lavouras, reflexo do clima quente e seco na maior parte de outubro. Assim, entre 6 e 10 de novembro, a crespa teve média R$ 7,88/caixa com 20 unidades em Ibiúna, alta de 22,7% frente à média da semana anterior.

Em Mogi das Cruzes, a variedade teve média de R$ 9,80/caixa com 12 unidades, aumento de 12% na mesma comparação.

 

Trigo: procura elevada impulsiona valores no RS

A elevada procura pelo trigo de qualidade do Rio Grande do Sul, principalmente por compradores do Paraná e de Santa Catarina, tem impulsionado os valores do cereal.

Conforme pesquisadores do Cepea, além da demanda aquecida, as quebras de safra no Brasil, devido às chuvas em excesso durante o desenvolvimento e a maturação das lavouras, e a baixa oferta do trigo argentino (principal fornecedor do grão ao mercado brasileiro) neste momento de início de colheita também elevaram as cotações.

No mercado de derivados, os preços da maioria das farinhas recuaram nos últimos dias, refletindo o baixo interesse de compradores. Para o farelo, as negociações seguem lentas e os preços estão em alta.

 

Fonte: Cepea

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