Indicador mostra piora no poder de compra de fertilizantes pelos produtores do País

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) desenvolvido pela Mosaic atingiu 1,50 em outubro, indicando uma situação menos favorável para os agricultores na aquisição do insumo, com uma piora na relação de troca entre adubos e produtos agrícolas.

Em setembro, o indicador marcou 1,26. Uma relação maior que 1 indica que os adubos estão menos acessíveis aos agricultores, e valores abaixo de 1 significam que os insumos estão mais acessíveis.

“O principal fator para a alta em outubro continua sendo o próprio cenário de fertilizantes, que segue apresentando um balanço apertado de oferta e demanda global, além de recentes aumentos de custos de produção por questões macroeconômicas, como gás natural e petróleo “, indicou a publicação da Mosaic Fertilizantes.

O Brasil, que é um grande importador de fertilizantes, observa um aumento nos custos também em função do câmbio. Há ainda preocupações com a oferta, mesmo que os produtores de grãos brasileiros tenham, em sua maioria, já fechado negócios para a safra 2021/22.

Cenário

De olho no próximo ano, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está na Rússia esta semana, em negociações para garantir a oferta de fertilizantes ao Brasil.

Por outro lado, a publicação da Mosaic indica que os preços internacionais das commodities agrícolas e a taxa de câmbio atual impulsionaram a rentabilidade positiva nas principais lavouras brasileiras em outubro, o que favorece a expansão de plantio em 2021/22.

O cálculo do indicador leva em consideração os cultivos brasileiros de soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

 

 

Fonte: Reuters

Equipe SNA

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