As importações de soja da China em novembro aumentaram na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo dados oficiais, isso ocorreu na medida em que os embarques dos Estados Unidos agendados durante uma trégua na guerra comercial entre chineses e norte-americanos foram liberados pelas alfândegas.
A China importou 8.28 milhões de toneladas de soja em novembro – um aumento de 54% na comparação anual, com a chegada das cargas dos EUA, de acordo com informações da Administração Geral de Alfândegas divulgadas no domingo. Os dados também mostraram um aumento de 34% na comparação com as 6.18 milhões de toneladas importadas em outubro.
A China, maior compradora de soja do mundo, geralmente realiza a maior parte de suas importações da oleaginosa dos EUA nos últimos meses do ano, quando a safra norte-americana chega ao mercado. Mas os embarques dos EUA diminuíram, após Pequim ter imposto em julho passado uma tarifa de 25% sobre produtos norte-americanos, incluindo a soja.
Os compradores chineses têm evitado efetuar compras dos EUA em meio à guerra comercial. No entanto, adquiriram mais grãos norte-americanos nos últimos meses, depois que o governo concedeu para alguns destes compradores a isenção de tarifas extras, em um gesto de boa vontade com Washington.
A China disse na sexta-feira que vai conceder mais isenções em alguns embarques de soja, na medida em que os dois lados tentam fechar um acordo para acabar com a prolongada guerra comercial. Ainda assim, a demanda da China por soja, esmagada para produzir farelo de soja para alimentação animal, tem sido contida por um surto devastador da Peste Suína Africana que reduziu em 41% o seu rebanho suíno, segundo dados oficiais.
Informações de alfândega mostram que, nos primeiros 11 meses do ano, a China comprou 78.97 milhões de toneladas de soja, uma queda de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Reuters