IMEA emite alerta vermelho para o milho

Para o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a divulgação da primeira estimativa do USDA para a área de milho 2016/2017 nos EUA trouxe números acima da expectativa do mercado, o que sugere um alerta vermelho para os produtores nacionais. Segundo o USDA, a área esperada é de 37.9 milhões de hectares, 4% acima da estimativa feita no final de fevereiro de 2016.

Se a produtividade das lavouras nos EUA se mantiver em 176 sacas/ha, como se observou na safra 15/16, a produção da safra 16/17 seria de pouco mais de 400 milhões de toneladas. Isso, somado ao fato de que a demanda pelo milho da safra 2016/17 nos EUA está abaixo do que se observou no ano passado, de que os estoques de etanol norte-americano estão em patamares recordes e que a China pode se tornar uma concorrente de exportação, torna forte a pressão baixista nas cotações em Chicago. Nesse sentido, é possível que haja uma retração do preço físico em MT no período da colheita, dado que uma das referências para formação de preço de exportação é a CBOT.

A China anunciou na última semana que pretende encerrar a política interna de preço mínimo para o milho chinês, atualmente quase US$ 100,00/tonelada acima dos preços internacionais, com expectativa de que haja impacto já este ano. Com isso, a tendência é que o preço na China convirja para os preços internacionais, podendo tornar o país mais um concorrente de exportação. Neste cenário, diz o IMEA, observam-se dois movimentos possíveis nas cotações do cereal: um baixista, de curto prazo, devido à possibilidade de a demanda pelo milho dos EUA migrar para a China, e outro altista no médio/longo prazo, pela probabilidade de redução dos estoques chineses e, consequentemente, mundiais.

O possível resultado dessa mexida para o produtor de MT é que o movimento baixista em Chicago no curto prazo pode impactar negativamente no preço disponível em julho/16, início da temporada de exportação da safra 15/16 pelo Estado.

Fonte: Portal DBO com Imea

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