O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) elevou nesta quinta-feira a sua estimativa para a safra global de grãos em 2016/17 contra uma previsão anterior já recorde, com a evolução impulsionada em parte por melhoras nas perspectivas para a safra de milho da China e para a produção de trigo na Austrália.
A produção total de grãos em 2016/17 deverá subir para 2.094 bilhões de toneladas, 10 milhões de toneladas acima da estimativa anterior, divulgada em novembro e 4% acima das 2.005 bilhões de toneladas da temporada anterior.
“A alta resultante na oferta global está altamente ligada a um aumento na projeção do consumo”, disse o IGC em relatório, estimando que o consumo global de grãos aumentará em 4%, para 2.062 bilhões de toneladas.
Os estoques globais ao fim da safra 2016/17 estão estimados em 507 milhões de toneladas, contra a estimativa anterior de 504 milhões de toneladas e de 475 milhões de toneladas no ano anterior.
A produção mundial de milho em 2016/17 foi revisada em 3 milhões de toneladas para um recorde de 1.045 bilhão de toneladas.
A China, segundo maior produtor de milho do mundo, deverá produzir uma safra de 219.6 milhões de toneladas, contra a projeção anterior de 217 milhões de toneladas, mas ainda abaixo das 224.6 milhões de toneladas da safra anterior.
A produção mundial de trigo em 2016/17 foi estimada em 752 milhões de toneladas contra a estimativa anterior de 749 milhões de toneladas e das 736 milhões de toneladas da safra anterior.
A maior revisão foi para a Austrália, onde a safra foi estimada em 33.5 milhões de toneladas, contra a estimativa anterior de 28.3 milhões de toneladas e de 24.2 milhões de toneladas na safra anterior.
Já a produção global de soja em 2016/17 deverá ser de 334 milhões de toneladas, com uma redução em relação as 336 milhões de toneladas estimadas anteriormente, mas ainda um recorde.
“Além de uma enorme colheita nos Estados Unidos, a produção no Brasil deverá registrar um novo recorde, mais do que compensando a queda em outros países, principalmente a Argentina”, disse o IGC.
Fonte: Reuters