IFC empresta US$ 40 milhões à Cibra

Como parte de seu plano de expandir sua presença no mercado brasileiro de fertilizantes, a Cibra, controlada pelo grupo americano Omimex, acaba de obter um empréstimo de US$ 40 milhões da IFC, braço de investimentos do Banco Mundial. O valor corresponde à metade do montante que a empresa pretende investir no país até 2022.

Santiago Franco, presidente da Cibra, adiantou em entrevista ao Valor que a empresa negociou prazo de oito anos para pagar o empréstimo, com carência de três anos. “Conseguimos 50% do valor a ser investido no Brasil. A outra metade virá de recursos próprios”, disse. Os juros que a Cibra pagará são de 4,1% ao ano.

Os investimentos serão direcionados para ampliar a presença geográfica e a capacidade instalada de unidades já existentes, disse Franco. A Cibra dará especial atenção a mercados do centro-norte do país, na região próxima do porto de Itaqui, em São Luís (MA), para facilitar o atendimento dos mercados de Mato Grosso e do “Matopiba” (confluência entre os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

O executivo da Cibra adiantou ainda que outro objetivo para o curto prazo é entrar nos mercados de São Paulo e Minas Gerais. “Temos alguns projetos greenfield (construção) e aquisição nessas praças em vista”, afirmou.

A Cibra, com sede em Salvador, é a quinta maior misturadora de adubos (fabricante de produtos finais) do país, com uma participação de 5%, segundo informação da Ama Brasil, entidade que representa as empresas do segmento. A empresa faturou R$ 1.3 bilhão em 2016 e projeta receita de R$ 1.6 bilhão em 2017.

O plano de negócios no país prevê investimentos de US$ 80 milhões até 2022. Após a ampliação no mercado brasileiro, a perspectiva da empresa é alcançar participação de mercado de 8%.

Fundada pelo grupo Paranapanema em 1994, com o nome de Cibrafertil, a empresa foi vendida em 2012 para a Abonos Colombianos (Abocol), braço de fertilizantes do grupo Omimex. Em 2014, as operações da Abocol na América Latina foram vendidas para a gigante norueguesa Yara, mas a Cibrafertil continuou nas mãos do grupo americano.

A empresa tem apresentado um crescimento acelerado no país. Puxado, sobretudo, pela compra da Agroindustrial São Luiz (Agriter) em 2015, que agregou cinco unidades de mistura à Cibra. Naquele ano, o volume vendido quase triplicou e chegou a 800 mil toneladas. No ano passado, o volume aumentou mais 62,5%, chegando a 1.3 milhão de toneladas, e a previsão é de incremento de mais 20% em 2017.

 

Fonte: Valor Econômico

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