IBGE: safra 2021 deve superar recorde do ano passado e atingir 260,5 milhões de toneladas

A safra nacional de grãos deve registrar mais um recorde, o terceiro consecutivo, em 2021, totalizando 260.5 milhões de toneladas, com aumento de 2,50% em relação ao ano anterior. Já a estimativa final para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2020 totalizou 254.1 milhões de toneladas, confirmando o recorde esperado.

As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A soja continua em alta, sendo que as estimativas iniciais (129.7 milhões de toneladas) indicam um aumento de produção de 6,80% (8.2 milhões de toneladas) em relação ao que foi colhido em 2020 e de 1,50% em relação à segunda estimativa (divulgada em dezembro). Já para o milho é esperada uma queda de 1,50% (menos 1.5 milhão de toneladas) em relação a 2020, embora tenha havido um aumento de 1,60% frente à estimativa anterior.

“Em função dos preços mais compensadores da soja, em relação ao milho, os produtores são estimulados a ampliar suas áreas de cultivo da oleaginosa, que em 2021 deve representar mais de 57% da área total utilizada para o plantio de grãos do país”, avaliou o analista de Agropecuária do IBGE, Carlos Barradas.

Algodão e arroz

A produção de algodão herbáceo, após três anos de recordes, deve chegar a 6.1 milhões de toneladas, com redução de 0,60% em relação à segunda estimativa, e de 14% em relação ao que foi colhido em 2020.

“A safra de algodão herbáceo vinha crescendo para atender à demanda internacional. Mas o algodão é usado principalmente para a confecção de roupas e, com a pandemia da Covid-19, essa demanda caiu, influenciando na decisão de plantio da próxima safra”, disse Barradas.

Para o arroz, esta terceira estimativa (11 milhões de toneladas) aponta para um aumento de 0,80% na produção em relação à estimativa anterior, mas ainda há declínio, também de 0,80% em relação a 2020.

“Nos últimos meses, os preços do arroz atingiram patamares elevados, levando o governo a zerar as tarifas de importação para contê-los”, afirmou o analista do IBGE. “O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional, e suas lavouras são irrigadas e associadas à alta tecnologia e manejo adequado, permitindo alcançar altas produtividades”.

Safra de 2020 superou em 5,20% o recorde de 2019 

Já a safra recorde de grãos de 2020 somou 254.1 milhões de toneladas e também foi recorde, segundo a última estimativa do ano, com 5,20% (12.6 milhões de toneladas) acima da colheita de 2019 (241.5 milhões de toneladas). Em relação ao que havia sido estimado no mês anterior, houve um aumento de 0,80% (2 milhões de toneladas).

O arroz, o milho e a soja somaram 92,70% da estimativa da produção e 87,10% da área colhida. Em relação a 2019, foi registrado um aumento de produção de 7,10% para a soja, de 7,70% para o arroz, de 2,70% para o milho (2,30% na primeira safra e 2,80% na segunda) e de 2,80% para o algodão herbáceo.

Com relação à área utilizada para cultivo, houve aumentos de 4,30% na do milho (2,50% para a primeira safra e 5% para a segunda); de 3,50% na da soja e de 0,50% na do algodão herbáceo. Já na área de arroz, houve redução de 1,20%.

Entre as regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 121.7 milhões de toneladas (47,90%); Sul, 73 milhões de toneladas (28,80%); Sudeste, 25.7 milhões de toneladas (10,10%); Nordeste, 22.6 milhões de toneladas (8,90%) e Norte, 11 milhões de toneladas (4,30%).

O Estado do Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,70%, seguido pelo Paraná (15,90%), Rio Grande do Sul (10,30%), Goiás (10,30%), Mato Grosso do Sul (8,70%) e Minas Gerais (6,20%), que, somados, representaram 80,10% do total nacional.

 

 

Fonte: IBGE 

Equipe SNA

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