Hortaliças: vendas de sementes e defensivos sofrem impacto

Diante de redução dos investimentos para manutenção e ampliação de área com hortaliças, as vendas de insumos agrícolas para o setor também podem encolher.

Com três lojas de insumos na região do cinturão verde paulista, Alberto Yoshida, diretor comercial da Yoshida e Hirata, disse que suas vendas de defensivos, sementes e fertilizantes caíram 15% no acumulado deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Há mais de 45 anos na região, o empresário tem 3.500 clientes.

Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Comércio de Sementes e Mudas (ABCSem), Marcelo Pacotte, é cedo para precisar se o mercado de sementes, e consequentemente dos demais insumos para hortaliças, será afetado.

“Pode haver uma compensação na demanda entre culturas com menor tempo de prateleira, como as folhosas, e menos perecíveis, como cebola, batata e cenoura”.

No ano passado, a área de multiplicação de sementes deste segmento no Brasil aumentou 1,50%, para 777.000 hectares, de acordo com a ABCSem.

Em termos de faturamento, a pesquisa mais recente do setor, datada de 2016, dava conta de que as empresas fornecedoras de insumos para hortaliças giravam US$ 600 milhões com fertilizantes, US$ 460 milhões com defensivos e US$ 445 milhões com sementes, além de outros US$ 460 milhões com mudas.

Os dados são de um levantamento realizado pela consultoria Markestrat.

 

Valor Econômico

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