Hora de vender milho pode passar rápido

O índice do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) das cotações do milho na BM&F voltaram a cair forte no fechamento da semana (0,98%), enquanto a queda no índice de Campina foi ainda maior, de 1,25%. Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, essa tendência pode se consolidar nos próximos dias e levar consigo as melhores oportunidades de venda.

“Isto significa que, embora os vendedores estejam fazendo pressão de alta, permanecendo fora de mercado ao dar mais atenção à colheita da soja, na realidade, os preços do milho estão caindo e os agricultores podem perder uma excelente oportunidade de vender a bons preços se não tomarem decisões imediatamente”, disse o analista Luiz Fernando Pacheco.

No Rio Grande do Sul, os preços pedidos pelos vendedores estão entre R$ 40,00-R$ 42,00/saca FOB, mas os compradores estão retraídos.

Em Santa Catarina, os preços continuam altos, também ao redor de R$ 40,00/saca, porque o estado tem um déficit de 2.5 milhões de tons e o milho do MT está muito caro, devido às indústrias de etanol e aos aumentos dos fretes. Dessa forma, milho importado da Argentina e do Paraguai se tornam alternativas mais viáveis.

No Paraná os preços estão ao redor de R$ 41,00 CIF fábricas de ração em Ponta Grossa, embora haja milho suficiente. O estado, porém, deixou de plantar 263.000 hectares de milho safrinha, o que implica uma redução de um milhão de tons na colheita.

No Mato Grosso do Sul os preços claramente estão caindo: passaram de R$ 38,00/saca há duas semanas, para R$ 36,00 na semana passada e agora estão em média entre R$ 31,00 e R$ 33,00 (compradores) e R$ 35,00 (vendedores).

Em SP também os preços estão caindo: pela segunda vez consecutiva, a saca de milho registra desvalorização no acumulado da semana.

“No início da cadeia, todavia, produtores continuam retraídos, dificultando os negócios e garantindo certa sustentação aos preços. Frequentemente, eles optam pelos negócios com soja, cujas referências atingiram patamares não observados desde 2016″, afirmou Pacheco.

“Boa parte, inclusive, espera que o milho registre altas significativas a partir de maio, apoiadas na tríade exportadora (taxa de câmbio alta, quebra na Argentina e guerra comercial China x EUA)”.

 

Fonte: Agrolink

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