Os grupos brasileiros Cutrale e Safra, que juntos travam uma batalha para comprar a americana Chiquita, uma das maiores produtoras e distribuidoras de bananas do mundo, reagiram ontem à carta enviada pela empresa dos Estados Unidos aos seus acionistas, que as acusava de terem feito “declarações enganosas”.
As duas companhias afirmaram que o documento é uma evidência do “medo” da Chiquita de que seus acionistas votem a favor de sua proposta de aquisição, ao invés de acertarem a fusão com a irlandesa Fyffes, de distribuição da fruta. Em nota, a Cutrale e o Grupo Safra atestaram que “a Chiquita e a Fyffes querem agora que os acionistas da Chiquita ignorem os fatos e depositem sua fé em uma especulação de desempenho futuro da Chiquita com a Fyffes”.
As brasileiras e a americana têm trocado acusações nos últimos dias após as duas companhias realizarem uma oferta hostil pela produtora de bananas, que já estava em processo de fusão com a Fyffes. A proposta foi rejeitada pelo conselho de administração da Chiquita, mas Cutrale e Grupo Safra entraram com um pedido para que a aquisição seja votada em uma reunião com os acionistas da empresa americana.
Negativa
Em agosto, o Conselho de Administração da Chiquita considerou que a oferta de 13 dólares por ação feita pela brasileira Cutrale e o banco Safra não atendia “os melhores interesses da empresa e de seus acionistas”. E afirmou que “A Chiquita não fornecerá informações nem negociará com a Cutrale e Grupo Safra no momento”.