Greve golpeia cooperativas do Paraná

As cooperativas paranaenses tiveram prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão em decorrência da paralisação dos caminhoneiros, segundo cálculos da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). O montante considera a interrupção das atividades em 25 agroindústrias dos segmentos de lácteos, carnes, grãos, açúcar e etanol e fertilizantes por dez dias.

Diariamente, nove plantas deixaram de abater 2.3 milhões de cabeças de aves, quatro deixaram de abater 12.700 cabeças de suínos, duas deixaram de abater 180.000 tilápias e seis agroindústrias deixaram de processar em torno de três milhões de litros de leite por dia. Ontem, das 25 unidades afetadas, 16 já haviam retornado à normalidade e outras nove estavam retomando as atividades.

Durante os dias de interrupção da produção, 35.000 funcionários ficaram de braços cruzados. As cooperativas agropecuárias do Paraná reúnem 167.563 produtores associados e faturaram R$ 57 bilhões em 2017 – uma movimentação econômica diária de R$ 150 milhões.

Da colheita total de grãos do Paraná, segundo maior produtor do país, 60% passam pelas cooperativas, que também respondem por 50% da produção de ração do estado, 53% do beneficiamento de leite, 57% do abate de suínos e 37% do abate de aves.

Com relação ao leite produzido no Paraná, o sindicato informou que as seis agroindústrias de processamento de leite das cooperativas paranaenses tiveram de descartar mais de 25 milhões de litros de leite impróprios para o consumo – um prejuízo estimado de R$ 32.5 milhões.

Na conta não está incluído o prejuízo com produtos industrializados estocados e que agora precisam passar por avaliação técnica antes de serem comercializados. Com a paralisação do transporte, 30 milhões de pintinhos de um dia tiveram de ser sacrificados. O segmento possui 215 milhões de aves no estado.

Mesmo com todas as perdas, durante a paralisação houve a circulação de ração para aves, leite in natura e animais vivos, informou, em nota, o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti.

 

Fonte: Valor Econômico

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