Greve dos caminhoneiros deve levar demanda de setor pecuário por BNDES Giro a R$ 1,5 bilhão

A ABPA calcula que a paralisação gerou impactos totais de R$ 3,150 bilhões ao setor.

 O setor de proteína animal ainda tenta amenizar e recuperar as perdas causadas pela greve dos caminhoneiros. Diante deste cenário, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima que a demanda do setor pecuário por sua linha de capital de giro atinja R$ 1,5 bilhões.

A ratificação do banco em disponibilizar o BNDES Giro para o setor de proteína animal ocorreu após reunião de associações de produtores com o presidente da instituição, Dyogo Oliveira. Na ocasião, foram discutidas as alternativas mais ágeis e menos custosas para os empresários recuperarem as perdas sofridas com a paralisação.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a paralisação gerou impactos totais de R$ 3,150 bilhões ao setor produtor e exportador de aves, suínos, ovos e material genético.

O BNDES Giro é um programa destinado empresas de todos os setores e portes com necessidades de financiamento de capital de giro. Pode ser obtido diretamente com o BNDES ou através da rede de agentes financeiros parceiros.

As operações podem ter referencial financeiro atrelado à Taxa de Longo Prazo (TLP) ou a taxa fixa BNDES (esta última somente para micro, pequenas e médias empresas, com faturamento até R$ 300 milhões por ano, somente nas operações indiretas automáticas).

O financiamento em taxa fixa no BNDES Giro busca atender empresas que não querem ficar expostas a um passivo ligado à inflação. Já o crédito em TLP busca atender empresas com fluxo de caixa naturalmente ligado à inflação.

Custos

O BNDES Giro tem prazo de até 5 anos, com carência de 3 a 24 meses, nas operações indiretas automáticas (operações de até R$ 20 milhões) e de 1 a 24 meses, nas operações diretas e indiretas não-automáticas.

Nas contas do BNDES, a taxa fixa para o BNDES Giro, em operação com prazo de três a cinco anos, vai custar 9,5% ao ano mais o spread (remuneração) do agente financeiro. A estimativa de custo em 9,5% ao ano equivale a variação do DI mais 0,5% ao ano, no momento. A taxa será revisada mensalmente para novas operações.

Uma vez contratado, o valor da taxa permanece o mesmo durante a vigência do contrato, dando previsibilidade sobre o custo da operação, e permitindo às empresas de menor porte mais controle e planejamento sobre os empréstimos.

Equipe SNA/Rio

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