Gado vivo rumo ao Irã

A estimativa no setor produtivo é de que o mercado iraniano tenha potencial para adquirir anualmente 100 mil cabeças de bovinos do Brasil.

Os criadores brasileiros de gado vivo para exportação conquistaram mais um importante mercado. A Organização Veterinária do Irã comunicou ao Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa a liberação para a entrada dos animais naquele país.

O documento confirma a aprovação do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) para os embarques. Segundo o diretor do DSA, Guilherme Marques, “foram decisivos para a abertura deste mercado sucessivos reconhecimentos sanitários obtidos nos últimos anos junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como o certificado do Brasil livre de febre aftosa com vacinação. Vale destacar, ainda, o fato de o estado de Santa Catarina ser livre da febre aftosa sem vacinação”, destaca ele.

Além disso, o Brasil está livre da pleuropneumonia contagiosa e tem risco insignificante para encefalopatia espongiforme bovina (EEB, o Mal da Vaca Louca).

As tratativas entre o DSA e os iranianos vinham sendo mantidas desde final de 2014. O diretor do DAS diz que os constantes acessos a novos mercados à exportação de gado brasileiro, impulsionaram esta negociação.

“Os próximos países que poderão comprar bovinos do Brasil são a Tailândia e a Indonésia. A diversificação dos mercados é favorável aos produtores e pode propiciar a negociação de outras commodities”, diz  ele.

A estimativa no setor produtivo é de que o mercado iraniano tenha potencial para adquirir anualmente 100 mil cabeças de bovinos do Brasil, com a perspectiva de expansão a médio prazo, na medida em que avancem as relações comerciais.

“A exportação de gado vivo é uma atividade praticada apenas por países que possuem rígido controle sanitário dos seus rebanhos, e representa canal de escoamento da produção para o produtor rural”, afirma o diretor.

Ele lembrou que “a atividade contribui para a melhoria da rentabilidade do pecuarista, que consegue melhorar a sanidade dos seus animais, os protocolos nutricionais e a gestão da propriedade, gerando empregos e receita cambial”.

Os dados dos últimos sete anos (2010-2017), mostram que a atividade gerou US$ 3,7 bilhões em divisas para o país. No ano passado, a exportação de bovinos vivos respondeu por faturamento de mais de US$ 276 milhões, e, dados até julho deste ano, mostram que os embarques atingiram US$ 301 milhões.

Equipe SNA/Rio

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