As vendas de sêmen da pecuária brasileira cresceram 0,3% no primeiro semestre de 2015, em relação a igual período do ano passado. Os destaques foram o aumento de 8% na comercialização de doses para o segmento de corte e a expansão das exportações de 36% e 54%, respectivamente, de genética de corte e leite.
Os números foram divulgados no último dia 15 de setembro, em São Paulo, e fazem parte do Index Asbia 1º Semestre de 2015, da Associação Brasileira de Inseminação Artificial.
“O aquecimento da demanda interna, a abertura de novos mercados de exportação e a consolidação da nossa liderança justificaram a ampliação das vendas de corte”, afirmou o presidente da Asbia, Carlos Vivacqua. “O mercado de corte continua crescendo e acreditamos que esta tendência será mantida durante 2015.”
De acordo com o Index, o destaque na venda de sêmen de corte, em 2014, foi a raça Angus, com 47% das doses utilizadas.
Na opinião do presidente da Asbia, ainda há muito trabalho a ser feito. “Temos apenas 12% das fêmeas em idade de reprodução trabalhadas em inseminação artificial, o que é muito baixo, considerando o mercado potencial enorme, talvez o maior do mundo”, comentou.
Segundo o executivo, o resultado da venda de sêmen mostra um cenário de estabilidade e reflete uma série de ações realizadas nos últimos meses pela entidade. Citou como exemplos “o salto de mais de 70% no número quadro de associados e a abertura de espaço para a entrada de associações do setor, que levaram a mudanças estatutárias e à profissionalização na prestação de seus serviços e no fortalecimento de sua imagem institucional”, justificou o presidente.
Vivacqua também destacou as iniciativas da Asbia, inclusive em esferas do governo. “Neste ano, estivemos em defesa dos interesses da pecuária junto ao Mapa, discutindo a Lei 13.123, que trata da biodiversidade, e o Projeto de Lei nº 2013-5010, que regulamenta o setor de produção e comercialização de material genético tanto animal quanto vegetal”, ilustrou.
BOA NOTÍCIA
No mesmo dia em que a Asbia divulgou o aumento das exportações brasileiras de material genético, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a abertura de mais um mercado para a venda de sêmen e embriões bovinos do Brasil: a República Dominicana.
Segundo a diretora substituta do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, Valéria Burmeister Martinns, o material genético destinado à República Dominicana será proveniente de animais nascidos e criados no Brasil.
“A partir do acordo, apenas o sêmen e os embriões obtidos em centros de coleta e processamento registrados no Mapa poderão ser exportados àquele mercado do Caribe”, disse.
De acordo com o Ministério da Agricultura, nos últimos 14 anos, as exportações brasileiras de sêmen bovino saltaram de US$ 88,5 mil (2000) para US$ 1,4 milhão (2014). No ano passado, os maiores compradores da genética brasileira foram Colômbia (44%) e o Paraguai (33%).
Por equipe SNA/SP