Atualmente, muitas empresas do agronegócio começam a se preocupar com o fator sustentabilidade em seus processos de gerenciamento e produção. Diante disso, vários setores iniciaram uma fase de transformações, e isso inclui desde mudanças na forma de consumir energia, de reutilizar resíduos ou mesmo de implementar novos sistemas de geração de insumos.
Sendo assim, garantir uma gestão sustentável pode significar a eliminação de muitos desperdícios em relação a investimentos, recursos naturais e humanos, constituindo ainda uma forma de evitar o surgimento de passivos extras e possíveis ações jurídicas. No entanto, alguns especialistas acreditam que as empresas do agronegócio só alcançarão suas metas de sustentabilidade se assumirem as novas demandas das áreas econômica, social e ambiental.
Recente pesquisa da Embrapa Meio Ambiente com um grupo de produtores das regiões Sul e Centro-Oeste, revela que as práticas auto-sustentáveis já fazem parte do dia-a-dia rural, gerando benefícios financeiros, com redução de custos. Segundo o estudo, 100% das propriedades adotam a rotação de culturas, a adubação verde/plantio direto e a utilização de curvas de nível; 94,1% promovem a análise de solo; 88,2% cultivam espécies vegetais e animais para abastecer a propriedade; 52,9% usam adubos não-químicos e 64,7% recorrem à integração lavoura-pecuária.
Os desafios da sustentabilidade diante da crescente demanda mundial por alimentos serão abordados no primeiro painel do 11º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura, por Jean-Yves Carfantan, professor de economia internacional na Escola Superior de Agricultura – ESA, em Angers (França) e consultor da AgroBrasConsult. Também participam do painel, presidido pelo embaixador Flávio Perri, o diretor da CERT ID Certificadora, Augusto Freire, o presidente da Federação de Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures, e o advogado paulista Werner Grau.