Fretes rodoviários do agronegócio aumentam quase 40%

A FreteBras, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul, acaba de lançar a 5ª edição do “Relatório FreteBras – O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil”, com base na análise de 2.5 milhões de fretes durante o terceiro trimestre de 2021.

Segundo o estudo, os fretes do agronegócio aumentaram 37,40% no período, em comparação com os mesmos meses do ano passado, o que demonstra que o setor está cada vez mais digitalizado, também, no que diz respeito às movimentações internas e externas dos grãos.

O agronegócio representou 39,70% das cargas registradas na plataforma da FreteBras no terceiro trimestre de 2021 e cerca de R$ 7.8 bilhões foram distribuídos em fretes para atender o setor.

Os estados que concentraram a maior parte dos fretes do segmento foram São Paulo (15%), Rio Grande do Sul (13,60%), Paraná (12,80%) e Minas Gerais (12,40%). Os produtos mais transportados foram fertilizantes (36,70%), milho (11,60%) e soja (6,70%). Na comparação com o 2º trimestre deste ano, o aumento no volume de fretes foi de 46,70%.

Estimativas

“O volume de fretes acompanhou o crescimento do agronegócio, que, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aumentará na safra 2021/22 em comparação com a anterior”, disse Bruno Hacad, diretor de Operações da FreteBras.

“A projeção é de alta de 3,60% na área cultivada e 14,20% na produção de grãos no ano que vem, em comparação com 2021. Para atender essa demanda por crescimento, o setor já começou a importar milhões de toneladas de fertilizantes, e nós vemos o impacto desta movimentação na nossa plataforma”, sinalizou o diretor.

Paranaguá

Durante o terceiro trimestre de 2021, o estudo da FreteBras revelou destaques da movimentação de fretes em três grandes portos brasileiros: Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e Santos (SP).

O porto de Paranaguá foi um dos principais pontos de origem para importação de adubos e fertilizantes. O estudo revela que o volume dos fretes destes produtos, originados em Paranaguá, aumentaram 41,60% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Por outro lado, a soja registrou uma queda de 12,30% nas exportações pelo porto e o impacto foi sentido também no volume de fretes da oleaginosa com destino a Paranaguá. A redução foi de 24% no volume de fretes, em comparação com o terceiro trimestre de 2020, na plataforma da FreteBras.

Rio Grande

No porto de Rio Grande, os produtos mais importados também foram adubos e fertilizantes, e o reflexo foi registrado também no volume de fretes deste tipo de produto, que teve aumento de 88,90% no período.

O estado do Rio Grande do Sul se consolidou como um dos maiores produtores de soja do País, o que pôde ser observado nas exportações do grão pelo porto gaúcho, que registrou aumento de 85% em comparação com o terceiro trimestre de 2020. Na FreteBras, os fretes de soja com destino ao porto de Rio Grande tiveram aumento expressivo de 139% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Santos

Já no porto de Santos, os fretes de adubos e fertilizantes, segundo produto mais importado no local, aumentaram 165,2% no terceiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado, justamente para atender a expectativa de aumento na produção agrícola da safra 2021/22.

Os fretes de soja e açúcar com destino à Baixada Santista, para exportação, também tiveram destaque, com aumento de 55,70% e 94,50%, respectivamente, no período.

Digitalização

O volume de fretes rodoviários no Brasil aumentou 35% entre julho e setembro deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi impulsionado pela confiança das transportadoras na digitalização dos fretes, que tem ajudado as empresas a reduzirem os custos do transporte em até 23%, atacando novos mercados e conseguindo mais agilidade nos processos.

“As empresas foram obrigadas a se reinventarem e encontraram nas soluções digitais, como a nossa plataforma, uma maneira de controlar os gastos, atender novos mercados e localidades, sem perder na qualidade da entrega, além de economizar tempo”, disse Hacad.

“Micro e pequenas empresas conseguiram contratar mais fretes por terem se adaptado melhor às necessidades do mercado, em função de seu tamanho e menor investimento em ativos imobilizados, como frotas próprias. Isso contribuiu para que elas tivessem um aumento de 200% nesse período. Este cenário impactou diretamente nos resultados do nosso relatório.”

Recuperação econômica

Segundo a pesquisa da FreteBras, o terceiro trimestre de 2021 foi marcado por uma intensa batalha de recuperação econômica, já que a inflação ficou perto dos dois dígitos, além da taxa de juros em plena escalada, redução da renda da população, alta do dólar e dificuldade de acesso ao crédito.

“Apesar do cenário de incertezas e o desafio econômico, vemos que o mercado de fretes rodoviários segue crescendo. O Brasil é extremamente dependente do modal rodoviário. Por esse motivo vemos um aumento a cada trimestre, na medida em que o País vai encontrando formas de se recuperar economicamente”, afirmou Hacad.

Destaques

No Sul, o aumento no volume de fretes foi de 27%, enquanto no Sudeste, o volume subiu 10%. Isso ocorreu devido ao grande número de fretes cadastrados nestas regiões, demonstrando a representatividade que ambas têm no total de carregamentos registrados na plataforma.

Metodologia

Os dados que compõem a 5ª edição do “Relatório FreteBras — O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil” se baseiam no fluxo de dados da FreteBras. Com mais de 630.000 caminhoneiros cadastrados e 16.000 empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 95% do território nacional.

Acesse aqui o relatório completo.

 

 

Fonte: Agrolink

Equipe SNA

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