A despeito dos inúmeros problemas que vêm marcando o mercado do frango neste início de ano, de certa forma a avicultura de corte respira aliviada, pois seu principal insumo, o milho, retorna – afinal! – a patamares mais “palatáveis”.
Assim, a despeito das altas e baixas de caráter especulativo (pois levam em conta o mercado de Chicago ou as notícias da Argentina), o grão tende a fechar o primeiro mês de 2017 com um valor médio entre 14% e 15% menor que o de um ano atrás. Melhor ainda na medida em que a tendência do frango é a de completar o mês com índices de recuo bem menores – o vivo, com queda de cerca de 4%; o abatido, com redução de pouco mais de 2%.
A despeito, porém, dessa melhora, nunca será demais citar que a situação atual permanece aquém daquela registrada dois anos atrás. Pois, em relação aos preços registrados em janeiro de 2015, o milho continua quase um terço mais caro, enquanto os valores recebidos pelo frango vivo e abatido tiveram evolução de, respectivamente, 14% e 9%.
Em outras palavras, no tocante à sua principal matéria-prima, o poder de compra do frango aumentou apenas em relação ao ano passado. Pois, comparativamente há passados dois anos permanece inferior, sendo aproximadamente 13% menor para a ave viva e 17% menor para a ave abatida.
Por sinal, uma retrospectiva mensal abrangendo os 15 anos (180 meses) decorridos entre 2001 e 2015 aponta que o poder de compra médio do frango vivo apresentou a relação de 1:4,5 – por exemplo, uma tonelada de frango vivo adquirindo 4,5 toneladas de milho. Ou seja: a capacidade aquisitiva atual ainda se encontra aquém da média desses 15 anos.
Fonte: AviSite