Frango sem hormônios será identificado no rótulo

As empresas do setor avícola poderão publicar nos rótulos a mensagem: “sem uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira”. A autorização, dada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nessa semana, é facultativa e extensiva a todas as agroindústrias do Sistema de Inspeção Federal (SIF).

A permissão atende uma solicitação das próprias empresas do setor. “A UBABEF tem liderado uma campanha nacional, em parceria com os vários elos do setor avícola nacional, para esclarecer ao público de que não há utilização de hormônios na criação brasileira de frangos. Neste sentido, acreditamos que a informação direta ao consumidor, por meio do rótulo, tenha efeitos rápidos e positivos para, enfim, desfazermos este mito”, destaca o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Francisco Turra.

“Como todo animal, o frango possui hormônios naturais, mas o que influencia seu crescimento é principalmente o melhoramento genético por seleção natural (com o cruzamento de animais de melhor ganho de peso), nutrição e manejo adequado. Não há qualquer adição de hormônios em sua criação”, enfatiza o dirigente.

Turra utiliza pesquisas para explicar que a “seleção genética é responsável por 90% da eficiência no ganho de peso”. Outros fatores são: a nutrição (com base em dieta balanceada e eficiente), além do manejo nutricional, ambiência e o cuidado sanitário. Tudo isso resulta em uma ave que requer menos tempo (aproximadamente 1/3) e comida (1/3 do total de alimento) do que uma ave produzida na década de 1950, por exemplo.

“Há um rígido controle sanitário promovido pelo Ministério da Agricultura por meio do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), com a realização de milhares de análises sobre a ocorrência de resíduos nos produtos de todas as empresas do setor avícola cadastradas no SIF. Desde a implantação do PNCRC, nunca foram constatadas ocorrências de utilização de hormônios – o que comprava que nenhuma empresa brasileira adiciona hormônios na produção de frangos. É importante lembrar que o uso de hormônios é proibido no Brasil e em vários países”, destaca o presidente da UBABEF.

Conforme Turra, a carne de frango que chega à mesa do brasileiro é a mesma exportada para mais de 150 países – todos com rígido controle de resíduos. “O Brasil é o maior exportador mundial desde 2004 e o terceiro maior produtor de carne de aves. O foco na qualidade é mais que um diferencial: é uma necessidade, para que o produto continue a ser absoluto na mesa de consumidores pelo mundo. Toda a gestão de insumos e a produção como um todo é feita com grande responsabilidade e sempre pensando em nosso consumidor”, conclui.

Fonte: Agrolink

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp