Em julho, o poder de compra do avicultor em relação ao milho e ao farelo de soja vem variando segundo a movimentação dos preços desses insumos. Assim, enquanto as quedas nas cotações do milho permitem melhora na relação de troca ao avicultor, a alta registrada para o farelo resulta em menor poder de compra para esse insumo.
Segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no mercado de frango vivo, apesar das altas pontuais na primeira quinzena, os preços médios de julho ainda são menores do que os de junho, pressionados pela baixa liquidez da carne no mercado doméstico nesses últimos dias.
Para o milho, o bom ritmo da colheita da segunda safra e a consequente maior oferta do cereal pressionam as cotações, enquanto para o farelo de soja os preços estão em movimento de alta neste mês, devido às maiores demandas interna e externa pelo derivado.
Assim, considerando o frango vivo negociado no Estado de São Paulo e o milho vendido em Campinas/SP (Indicador Esalq/BM&FBovespa), na parcial deste mês (até o dia 20), é possível ao avicultor paulista adquirir 4,33 quilos do cereal com a venda de um quilo de frango, volume 1,40% maior que o de junho e 21,90% acima do de julho de 2021.
Já na comparação com o farelo de soja, também na região de Campinas, é possível ao produtor a compra de 2,29 quilos com a venda de um quilo do animal na parcial do mês, 8% a menos do que em junho e 9,10% abaixo do volume em julho de 2021.