Nunca foi tão fácil como em janeiro corrente incluir em um mesmo gráfico a evolução de preços do frango vivo e do frango abatido. Pois as margens entre um e outro produto são, aparentemente, as menores já vistas. Em outras palavras, seus preços estão muito próximos entre si.
Feita uma retrospectiva a partir do início da presente década é possível constatar que, entre 2011 e 2017, no primeiro mês do ano, a menor margem, diferença de preço entre o frango vivo e o abatido, foi registrada em janeiro de 2016. Então, o frango abatido alcançou valor um quarto superior (25,6%) ao do frango vivo.
Ou seja, em outros seis dos passados sete anos as margens do abatido sempre foram mais amplas. De 29% em 2013, 2014 e 2017. De 34% em 2015. De 40% em 2011. E de surpreendentes 54% em janeiro de 2012.
Mas no momento, isto é, neste final de mês, a relação observada se encontra a pouco mais de um quarto do índice observado em 2012. Pois enquanto a cotação do frango vivo se encontra em R$ 2,50/kg, o preço médio alcançado pelo frango abatido resfriado é de R$ 2,85/kg, o que significa margem de apenas 14%.
Na média do mês (até ontem, 29/1) esse índice sobe um pouquinho, mas não é muito diferente: margem de 17,27%, o menor índice dos primeiros dezoito anos da presente década. Porque, frente a uma redução de pouco mais de 7% do frango vivo, o preço do frango abatido caiu praticamente 10% em relação aos primeiros negócios do ano.
Algum refrigério para o frango abatido após essa constatação? Sim: desde quinta-feira da semana passada (25/1) não são registradas novas quedas de preço, o que leva à conclusão de que já se chegou ao “fundo do poço” e que a reversão deve ocorrer em curtíssimo prazo.
AviSite