Dados preliminares do Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura indicam que no primeiro quadrimestre de 2017 foram abatidas, em estabelecimentos federalizados, pouco mais de 1.720 bilhão de cabeças de frango, volume que representa redução de, praticamente, 4% sobre idêntico período de 2017.
Esses abates se distribuíram por 16 estados, mais o Distrito Federal. As reduções, porém, ficaram restritas a pouco mais da metade deles, sendo mais incisivas no Sudeste (- 9,12% nos três estados sob SIF). Mas, isoladamente, Tocantins (- 45,71%), Piauí (- 36,87%), Minas Gerais (- 23,71%) e Goiás (- 20,76%) foram os estados com os maiores índices de retração.
Em função desse desempenho, os quatro estados viram cair também sua participação no total abatido nacionalmente sob SIF. Mas não estiveram sozinhos, pois registraram queda, igualmente, a participação de Santa Catarina (- 0,50%) e de Pernambuco (- 4,14%).
Já em termos regionais, a participação do Centro-Oeste caiu 4,57%, a do Sudeste 5,40% e do Norte/Nordeste 0,42%. Ou seja: apenas a região Sul, que já detém mais de 60% dos abates sob SIF, aumentou sua participação. Isto, graças apenas ao Rio Grande do Sul, pois além de Santa Catarina, também o Paraná apresentou redução no quadrimestre.
A expectativa agora recai sobre os dados de maio corrente. Levando em conta a média abatida no primeiro quadrimestre, 430.4 milhões de cabeças mensais, e considerando que a paralisação vem afetando cerca de um terço dos abates do mês, é provável que os números finais estarão aquém dos 300 milhões de cabeças.
Não há outro termo: é um resultado catastrófico para o abastecimento interno e até mesmo para as exportações.
Fonte: AviSite
