FPA defende tarifas zeradas no acordo com a União Europeia

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) defende o fechamento do acordo de cotas e tarifas de produção agrícola do Mercosul com a União Europeia (UE). Segundo os ruralistas do Congresso, uma possível redução de cotas para exportação de etanol, carne bovina e açúcar, além de tarifas acima do esperado, preocupam entidades ligadas ao setor da agricultura.

O presidente da FPA, deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), disse que, para alguns desses produtos, o Brasil chega a pagar tarifas acima de 75%, o que impede o acesso a mercado. O deputado considera o acerto com os europeus como de vital importância para o bom desempenho e sustentabilidade econômica do agronegócio brasileiro.

“A pressão do setor é fundamental para reduzir os picos, escaladas e barreiras tarifárias existentes no comércio bilateral, bem como a incerteza regulatória e problemas de padrões sanitários e fitossanitários que impedem o Brasil de avançar na sua produção e exportação com os europeus”, disse o presidente da FPA.

Para Nilson Leitão, se as tarifas não forem zeradas, o Brasil corre o risco de sair do circuito de exportação para a UE. “É uma conta lógica. Se houver a redução da oferta agrícola e aumento ou até mesmo a manutenção das tarifas, os nossos produtores não vão conseguir acompanhar o ritmo de exportações. Hoje, a União Europeia é o segundo maior mercado para as exportações agropecuárias do Brasil. Em 2016, o bloco foi destino de 19,6% das nossas vendas. Em valores, exportamos cerca de US$ 16.7 bilhões”.

O presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Luis Miguel Etchevehere, concorda com a posição da FPA. “Esse acordo traz previsibilidade ao produtor rural e contribui para abertura cada vez maior das oportunidades de exportação”.

“Hoje, Brasil e Argentina já produzem muito mais do que necessitam para consumo próprio. Para isso, se faz necessário ter a maior quantidade possível de mercados abertos, com regras bem estabelecidas e produtos de qualidade, aumento assim a produtividade dos países, por exemplo”, afirmou o presidente da SRA.

 

Fonte: Agrolink

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