Pequenos, fofos e brincalhões, os filhotes enchem a casa de alegria e são cercados por mimos da família. Além de muito carinho, os cães e gatos recém-nascidos também precisam de outros cuidados específicos com a alimentação logo no início da vida.
AMAMENTAÇÃO
As primeiras 24 horas de amamentação são fundamentais, pois durante esse período o recém-nascido ingere o colostro (primeiro leite produzido pela mãe) que garantirá imunidade para o animal. “Recomendamos que o recém-nascido mame de 35 a 45 dias, pois o leite materno é rico em gorduras e proteínas e essencial para que o filhote se desenvolva e cresça adequadamente”, explica o médico veterinário Wander Palomo.
CALENDÁRIO DA ALIMENTAÇÃO DO FILHOTE
De 35 a 45 dias de vida: Esse é o tempo ideal de amamentação do filhote, desde que a mãe tenha condições para amamentar. Lembre-se: os recém-nascidos passam 20% do tempo mamando, no tempo restante tiram sonecas intermináveis, então, não estranhe se seu cãozinho ou gatinho passar muito tempo dormindo.
A partir dos 45 dias de vida: Adaptação à alimentação seca. Para que o filhote se habitue a um alimento seco, recomenda-se associar a ingestão da ração a um alimento mais macio, como papinhas. “Se o animal mamou durante o período correto, a partir dos 45 dias de vida o tutor pode oferecer a papinha e o alimento seco, em potinhos diferentes. Assim, o animal vai se acostumando gradualmente com a ração e começa a usar os dentinhos”. De acordo com o veterinário da Total Alimentos, essa transição é benéfica principalmente por possibilitar uma adaptação da flora intestinal.
QUANDO O LEITE MATERNO DEVE SER SUBSTITUÍDO?
O leite materno deve ser substituído apenas em caso de falecimento da mãe, quando o filhote provém de grandes ninhadas ou em outros casos específicos que devem ser orientados por um veterinário. Quando há necessidade, indica-se o uso de rações especiais próprias para substituição do leite materno, do primeiro dia de vida até 28 dias do nascimento, no caso dos cães, e até os 45 dias para os gatinhos. Após esse período, os cães podem consumir uma papinha até os 60 dias de vida, enquanto os gatos já podem ingerir alimentos secos depois dos 45 dias.
GRANDALHÃO, MAS AINDA É FILHOTE:
“Pouca gente sabe, mas, dependendo do porte do cão, a fase de filhote pode ser mais curta ou mais duradoura. Quanto menor o porte, mais rápido o filhote cresce”, explica outro médico veterinário da empresa, Marcello Machado. Ele ensina que cães miniatura e de pequeno porte podem ser considerados adultos a partir dos dez meses; se o cão for de raça média, aos 12 meses; raças grandes deixam de ser filhotes com um ano e meio; e, se for de raça gigante, aos dois anos.
“Então, dependendo do porte do cão, mesmo que o animal seja extremamente grande, o tutor continuará fornecendo alimento específico para filhotes ao pet — o desenvolvimento dos cães maiores é mais lento, inclusive na finalização de sua estrutura óssea”, explica Machado.
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Fonte: Revista A Lavoura – edição nº 706/2015
