FGV: Superávit do Brasil com China soma R$ US$ 28.8 bilhões de janeiro a setembro

A China foi responsável por 68% do saldo da Balança Comercial brasileira acumulado de janeiro a setembro de 2020. O superávit do Brasil com a China foi de US$ 28.8 bilhões no período. Os dados são do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O superávit da Balança Comercial em setembro foi de US$ 6.2 bilhões, o maior da série histórica mensal desde 2001. No acumulado de janeiro a setembro, o superávit é de US$ 42.2 bilhões, o segundo maior. Segundo a FGV, a expectativa é que o País encerre o ano com um superávit de aproximadamente US$ 58.5 bilhões.

O volume exportado pelo Brasil aumentou 0,40% de janeiro a setembro de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume importado no período recuou 8,10%. Na comparação com setembro de 2019, as exportações recuaram 4% em volume em setembro deste ano, enquanto as importações encolheram 18,70%.

“A acentuada desvalorização da taxa de câmbio efetiva real ajuda a conter as importações e barateia os preços dos produtos brasileiros no comércio exterior”, apontou a FGV, em nota.

No entanto, a forte desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar também aumentou os custos de setores que utilizam insumos e componentes importados, como o segmento automotivo e eletrônico

“A agricultura é também onerada em termos de seus insumos; no entanto, o peso dos importados para este setor é menor e a demanda chinesa tem assegurado o crescimento das nossas exportações. Outra questão relevante é como os operadores de comércio exterior estão analisando a desvalorização. Comércio exterior exige um olhar que vai além do curto prazo. Nesse contexto, mesmo com a forte desvalorização do real, os exportadores e importadores tendem a ser mais cautelosos e podem estar adiando decisões, como, por exemplo, a substituição de fornecedores estrangeiros por domésticos”, indicou a FGV.

Estadão Conteúdo 

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