FGV Agro: produção agroindustrial tem forte reação

Depois de reagir em março, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro), calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), disparou em abril. A tendência é de novos avanços interanuais expressivos nos próximos meses, uma vez que as bases de comparação continuarão sendo baixas em virtude dos reflexos negativos do começo da pandemia em 2020.

Segundo o FGV Agro, o indicador subiu 16,70% em abril, puxado pelo bom desempenho do grupo de produtos não-alimentícios, que avançou 37,10% No segmento de produtos alimentícios e bebidas houve crescimento modesto, de 1,60%.

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

Entre os não-alimentícios, os destaques foram as recuperações registradas nas áreas de borracha (aumento de 132,50% em relação a abril de 2020) e têxteis (117,40%). Também houve variações positivas nos ramos de fumo (38,50%) e insumos (29%), mas no caso dos biocombustíveis foi mais um mês de queda (20,30%).

No grupo de produtos alimentícios e bebidas, os primeiros tiveram retração de 9,10%, puxada pelos produtos de origem vegetal, e a produção de bebidas aumentou 88,20%.

“Os segmentos e setores que foram impactados fortemente pela pandemia em abril de 2020 são aqueles que, de modo geral, apresentaram crescimento expressivo no mesmo mês de 2021, como é o caso de produtos não-alimentícios e bebidas”, informou o FGV Agro.

“Alternativamente, aqueles que foram menos atingidos no início da pandemia são os que agora registram contração, como é o caso de produtos alimentícios”.

Com as oscilações de abril, no primeiro quadrimestre, o PIMAgro acumulou alta de 7,20%, garantida pela área de produtos não-alimentícios, que teve aumento de 17,20%. Alimentos e bebidas ainda apresentaram contração de 1,40% na comparação com o mesmo período do ano passado.

 

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