FGV Agro: produção agroindustrial continua em recuperação

Depois de registrar variações interanuais negativas desde março, quando o novo Coronavírus começou a se espalhar pelo País, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) voltou ao azul em julho.

O indicador subiu 1,50% em relação ao mesmo mês de 2019, puxado pelo setor de alimentos e bebidas, que cresceu 10,40%, em relação a junho deste ano. O aumento foi de 4,40%.

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

O FGV Agro destaca que, em relação a julho de 2019, a performance da agroindústria foi melhor que a dos demais ramos industriais pesquisados.

A indústria geral recuou 3%, as de transformação caíram 3,60% e as extrativas subiram 0,90%. Mesmo assim, nos primeiros sete meses do ano, a produção agroindustrial registrou queda acumulada de 4,70% em relação ao mesmo período de 2019.

“Mas, de modo geral, a agroindústria, apesar de não ter passado ilesa pela crise, na média conseguiu ser impactada de forma menos intensa e vem demonstrando uma recuperação mais acelerada que os demais segmentos industriais. E Isso se deve, sobretudo, à maior essencialidade de seus produtos, principalmente os alimentícios”, avaliou o centro de pesquisas.

Na área de produtos alimentícios e bebidas, a reação observada em julho foi determinada pelos incrementos das produções de bebidas alcoólicas (alta de 24,20% em relação ao mesmo mês de 2019) e de alimentos de origem vegetal (17,60%). No segmento de produtos não-alimentícios, contudo, diversas cadeias ainda enfrentam mais dificuldades.

O segmento como um todo caiu 8,20% em julho na comparação interanual, pressionado pelos recuos de têxteis (26,80%), borracha (14,90%) e biocombustíveis (8,90%).

Valor Econômico

 

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