Ferramenta FPS traz sugestões de práticas sustentáveis de manejo na pecuária a um clique

Atividades de campo por monitoramento do programa Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS) terão início em 2019. Foto: Nicoli Dichoff/Divulgação Embrapa

A aplicação da ferramenta FPS – a Fazenda Pantaneira Sustentável, elaborada para mensurar o nível de sustentabilidade presente em propriedades rurais do bioma do Pantanal – foi alvo de discussão durante um encontro, no início de agosto deste ano, entre representantes da Embrapa Pantanal (MS), da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT) e da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), em Cuiabá (MT).

“A FPS faz um diagnóstico. Nas áreas em que a sustentabilidade não está em um nível adequado, vamos sugerir práticas de manejo para melhorar aquela sustentabilidade”, diz a zootecnista Sandra Santos, pesquisadora da Embrapa Pantanal.

De acordo com a cientista, a ferramenta viabiliza a seleção de técnicas de manejo para aprimorar os processos da fazenda.

“A Fazenda Pantaneira Sustentável é um pacote que vai incluir essas boas práticas para que as propriedades se tornem verdadeiramente sustentáveis”, diz Sandra, que é mestre em Agronomia e doutora em Zootecnia.

O PROCESSO

Cerca de dez propriedades do Estado deverão fazer parte do projeto piloto, sendo avaliadas pela FPS por aproximadamente cinco anos. As unidades rurais que atingirem a um determinado grau de sustentabilidade deverão receber uma classificação diferenciada, futuramente.

“Nossa ideia é que o produtor participante providencie alguns documentos e faça um diagnóstico geral da propriedade. Pelo que a gente conversou, seriam cerca de dois dias de trabalho em cada fazenda. Técnicos do Senar-MT devem ser capacitados em um treinamento com pesquisadores da Embrapa Pantanal entre agosto e outubro para aplicar a FPS”, informa Marcos de Carvalho, analista de Pecuária da Famato.

Estes dados serão posteriormente analisados pelos pesquisadores da Embrapa. Os resultados vão orientar o planejamento das ações de boas práticas de manejo em curto, médio e longo prazos.

“Vamos aproveitar o conhecimento dos pesquisadores, transformá-lo em possibilidades de parcerias e transferir essa tecnologia para quem pode multiplicá-la e aplicá-la”, diz o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia e Negócios, Thiago Coppola.

“Isso nunca foi feito no Pantanal e esse tipo de ação só é possível com a integração dos atores envolvidos”, completa a pesquisadora da Embrapa Sandra Santos.

COMO FUNCIONA

Para usar o software, o pecuarista precisa de um computador com acesso à internet. O produtor ou o assistente técnico verifica os diferentes aspectos dos registros sobre a fazenda, a partir de medidas como o escore corporal das vacas, por exemplo. Depois, ele entra no sistema da FPS e dá notas aos indicadores.

O software, a partir daí, gera uma nota final que integra as informações de todos os índices, produzindo um relatório para dizer se a fazenda está sustentável ou não e mostrando quais aspectos têm que ser melhorados para que ela se aproxime dessa sustentabilidade.

De acordo com a Embrapa, os estudos feitos para definir os indicadores duraram cerca de dez anos e contaram com a contribuição de vários especialistas em diversas áreas. Para mais informações, leia outra reportagem da Embrapa Pantanal – Software mede nível de sustentabilidade de fazendas no Pantanal –, clicando aqui!

Fonte: Embrapa Pantanal com edição d’A Lavoura

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