Feijão: perdas nas lavouras não garantem alta nos preços

Há várias opiniões sobre o momento que o mercado de feijão carioca está vivendo. Para destacar os dois mais abrangentes, há os que esperam uma disparada de preços e os que imaginam que nada vai acontecer. Não há nada tão errado quanto a certeza ou o óbvio. Ele acontece raramente. Quem esperava que nada iria acontecer já errou, pois os preços subiram. Daí há a outra ponta, ou seja, uma disparada de preços em consequência das quebras da Região Sul, e, ainda que seja um argumento forte, quebras com chuvas são muito relativas. Os preços já subiram em relação ao que foram praticados durante o mês de dezembro e tem sido normal subir no primeiro semestre. Mas, imediatamente, há muito feijão comercial sendo colhido no Paraná. A cada dia, sempre que há uma trégua nas chuvas e um pouco de vento, várias lavouras são colhidas e, ainda que o feijão tenha 30% de umidade, em algum momento ele vai estar no mercado, atendendo às populações que compram preço e não qualidade. Nas perdas por seca o feijão não existe, já as quebras por excesso de chuvas são complicadas, pois nunca saberemos o que foi salvo e quando este feijão será consumido. Tem sido comum que os especuladores tradicionais procurem insistentemente plantar informações altistas com óbvio interesse próprio.

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Fonte: Ibrafe

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