Feijão: empacotadores querem comprar tudo

Feijão carioca

Como foram as vendas nas fontes na última sexta-feira? Entre cerealistas, corretores e produtores, todos ficaram mais aliviados. Afinal, um bom volume foi vendido. O importante foi mais uma vez a manutenção do patamar de preços para os feijões recém-colhidos ou ainda armazenados, mas com melhor cor.

Negócios reportados apontaram os R$ 105,00 como a média, mas já foram concluídos negócios por até R$ 110,00 em Minas Gerais. “Se aceitassem R$ 105,00 eu teria ordens de compra de até 20.000 sacos”, comentava um comprador em Unaí (MG). Detalhe: ele não era o único. Por seu turno, produtores afirmavam que, se houvesse comprador entre R$ 115,00/R$ 120,00, iriam vender 50% do estoque e aguardariam com o restante.

O que leva produtores a terem esta confiança? A baixa produtividade. É muito raro encontrar produtores que tenham tido colheitas normais. O clima mais uma vez foi o carrasco, só que dessa vez em Minas e em Goiás, com a estiagem. Assim, vender esta safra pelos valores que estão sendo comercializados se torna pouco atraente.

O Brasil já está se preparando para voltar à normalidade, com muitos colégios se organizando para a volta às aulas e, consequentemente, as famílias que foram privilegiadas com o período de férias fora de sua cidade base. Ainda que possa não ser o fator principal, parte do setor espera um maior volume de vendas a partir de agora.

Feijão preto

Com mais de 50% colhido do feijão no Paraná e em Santa Catarina e 95% no Rio Grande do Sul, os preços se mantêm, para os melhores lotes, entre R$ 125,00/R$ 130,00 e os cerealistas passam a pedir, ainda sem muitas vendas, até R$ 140,00, FOB Paraná.

Em Puerto Iguazu (Argentina), onde ficam estocados os lotes de feijão argentino na fronteira, houve uma “limpada” durante a semana passada por valores que equivalem a R$ 125,00/R$ 130,00 em Foz do Iguaçu, mas a qualidade não era das melhores e, sim, de produto comercial.

Feijão caupi

Tendo em vista que os lotes remanescentes do ano passado no Mato Grosso são de feijões comerciais, os preços vêm caindo proporcionalmente ao padrão. Durante a semana passada, alguns lotes foram negociados por R$ 50,00/R$ 60,00 em Primavera do Leste. O produto padrão exportação poderia até valer algo mais, porém já não é encontrado.

Os produtores se preparam agora para o plantio que será iniciado em fevereiro. O exemplo de outros anos mostra que aqueles que conseguirem estar entre os primeiros a colher terão uma vantagem considerável no momento da comercialização.

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Fonte: Ibrafe

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