Feijão carioca: por que o mercado está travado?

As redes de supermercados afirmam que, ao contrário do que se pensa, a venda do feijão carioca ao consumidor está dentro do volume normal. O pequeno varejo, no entanto, vem sentindo bastante a diminuição das vendas em todos os itens. O poder de fogo das grandes redes é maior e muitos clientes são chamados para as lojas com diversos itens em promoção. Os preços baixos não significam que o consumidor consome mais.

Feijão não falta na mesa dos brasileiros, estejam desempregados ou afetados pela crise. O povo “se vira” e, para o básico, sempre mantém o consumo. Como a oferta continua bem maior do que a demanda normal, obviamente os preços ficam baixos para os produtores e o mercado permanece travado. Estes preços baixos têm atraído constantemente especuladores que compram, se frustram e saem vendendo após as novas quedas.

Agora, novamente, com os preços atuais, vários especuladores estão com intenção de compra e esperam ganhos de 15/20%. Claro que buscam variedades como Dama ou Madrepérola.

Há menos compradores no interior de São Paulo do que no ano passado, provavelmente devido à disponibilidade de feijão ainda em diversos estados do Brasil. Os preços variaram para a mercadoria comercial entre R$90,00/R$ 110,00, e os muito úmidos estão cotados numa faixa entre R$ 70,00/R$ 75,00. Para o feijão rajado e vermelho vem sendo mantido o nível de preços entre R$ 130,00/R$ 140,00, dependendo da região.

Ao que tudo indica, haverá pouca disponibilidade na primeira safra de 2018. No entanto, caso ocorram sobras, certamente haverá possibilidade de exportação.

Em relação ao feijão preto, as importações da Argentina seguem atendendo a demanda do Brasil. Entre US$ 700,00/US$ 730,00 na fronteira com a Argentina vão acontecendo os negócios. Lentamente, as marcas nacionais vão retomando seu espaço que havia sido ocupado pelas pequenas marcas que empacotam qualquer coisa. Os custos no mercado interno vêm sendo afetados pela valorização do dólar, que tem variado entre R$ 140,00 e R$ 150,00.

 

 

 

Fonte: Ibrafe

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