Feijão carioca: ‘efeito manada’ faz mais vítimas

Não é simples como pode parecer. Quantas pessoas já ultrapassaram o sinal vermelho por que todos estavam fazendo o mesmo, e diante dessa atitude sofreram acidentes e morreram? Exemplo clássico do ‘efeito manada’. Já deu para perceber que no feijão ocorre, vez por outra, a mesma coisa. Talvez seja por medo de errar sozinho. Mesmo assim, perder parece ser melhor do que ganhar sozinho.

Se não for assim, como explicar o fato de todos estarem focados na corrida do feijão carioca, que resultou em um fim de ano trágico, sem lucro, para os produtores? O que faz alguém investir tanto para colher agora?

E o que dizer da safra de caupi do próximo ano, que promete ter a maior área plantada de todos os tempos? Não para por aí: produtores de pingo-de-ouro (caupi) têm muito estocado e agora vão se confirmando áreas enormes para serem colhidas nos próximos dias.

Todo esse prejuízo é evidente e poderia ser evitado, mas, mesmo com todos os indícios, seres humanos são dados a estas reações. Por isso, esse caupi pingo-de-ouro hoje está por R$ 60,00/R$ 70,00 na Bahia. E com a perspectiva de que, além dos estoques guardados, ainda há possibilidade de colheitas nos próximos dias e a situação pode vir a se agravar.

Para os produtores de São Paulo, o quadro pode até apresentar alguma melhora nos próximos dias. O fato é que não há feijão melhor do que nota 8,5 em Goiás e em Minas Gerais. Assim, quem precisa de qualidade começa a olhar para ofertas de São Paulo, onde hoje foram negociados feijões entre R$ 100,00/R$ 110,00 para melhores lotes.

 

 

Fonte: Ibrafe

 

 

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