A consultoria agrícola INTL FCStone, em relatório divulgado ontem, elevou a sua estimativa de produção de soja na safra 2016/17 do Brasil para um recorde de 102.8 milhões de toneladas, contra 102.1 milhões de toneladas na estimativa de dezembro. Na safra passada, afetada pela seca, o Brasil colheu 95.4 milhões de toneladas. “Esse ajuste (na projeção) decorreu de aumentos de produtividade em alguns estados, uma vez que a área plantada foi mantida inalterada”, explicou a FCStone.
No geral, a safra brasileira apresenta condições favoráveis, e o rendimento de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul foi ajustado para cima, acrescentou a consultoria. O Rio Grande do Sul é um estado que apresenta um risco climático mais considerável, com maior variabilidade. “Entretanto, neste ciclo, o clima tem sido positivo, o que deve garantir boas produtividades…”, informou o relatório.
Uma produção recorde na safra 2016/17, superando 100 milhões toneladas, resultaria em uma situação de estoques mais confortáveis, após um longo período de aperto no balanço, indicou a FCStone. “Os estoques ficariam mais folgados, mesmo mantendo-se as expectativas de uma demanda aquecida”, disse a consultoria.
Milho
Para a safra de milho, a INTL FCStone manteve sua estimativa de produção em um recorde de 91.05 milhões de toneladas no ciclo 2016/17. Na safra passada, quando o país colheu 66.6 milhões de toneladas, as lavouras do cereal sofreram perdas em função da estiagem. “Assim como no caso da soja, o clima durante a safra de verão, no geral, tem sido benéfico, destacando, também, que houve crescimento de área em relação à safra anterior, sob incentivo de preços mais elevados no mercado doméstico”, informou a FCStone.
Fonte: Reuters