Fazenda aumenta produtividade na pecuária com auxílio da irrigação

Grupo brasileiro realiza projeto de produção de gado de corte, com base no uso intensivo das pastagens no município de Parnaíba, no Estado do Piauí. Foto: Divulgação

O consumo mundial de carne bovina tem se elevado nos últimos anos. Com o crescimento da população e o aumento do poder aquisitivo dos países em desenvolvimento, a tendência é que esta demanda seja ainda maior em um futuro próximo.

Para atender aos novos consumidores, os pecuaristas brasileiros, considerados um dos maiores produtores e exportadores da proteína, precisam se preparar, ou seja, elevar a produção sem aumentar área.

O primeiro passo é melhorar a taxa de lotação animal por hectare, que ainda é baixa no Brasil. A média nacional é inferior a uma Unidade Animal (UA) por hectare, o equivalente a um bovino de 450 quilos de peso vivo.

Na contramão dessa realidade, algumas propriedades já alcançam números expressivos de produtividade, como por exemplo, o Grupo @ideal que realizou um projeto de produção de gado de corte, com base no uso intensivo das pastagens no município de Parnaíba, no Estado do Piauí.

Atualmente, a propriedade aloja a média de dez animais por hectare, otimizando os recursos e aumentando a rentabilidade do pecuarista.

O PROJETO  

O projeto iniciou-se em 2011 em uma área de 40 hectares com solo composto de 86% de areia e baixíssima fertilidade natural, levando a necessidade da correção com calcário e também a incorporação de crotalária. O equipamento de irrigação escolhido foi o pivô central Zimmatic, da Lindsay América do Sul.

Entre os seus diferenciais está a versatilidade para o manejo dos piquetes e ainda sua robustez necessária ao campo. A máquina ainda conta com o sistema FieldNET para gerenciamento remoto da irrigação e melhor controle das lâminas aplicadas em cada piquete.

“A irrigação é um componente importante do sucesso atingido pelo Grupo @ideal, porém isso é fruto de todo um processo de consultoria estruturado que vai desde a correta escolha da área para implantação do projeto até o manejo adequado do pasto e da irrigação”, diz Bruno Perroni, gerente de tecnologia da Lindsay.

O pivô foi dividido em dois sistemas de pastejo com 12 piquetes de 1,5 hectares cada. Ainda foram colocadas duas áreas de sombra para proporcionar um melhor conforto térmico para os animais. Para os corredores para circulação e manejo dos animais foi reservado o espaço de um hectare.

Após a definição do equipamento de irrigação, a equipe trabalhou na escolha do melhor capim, considerando fatores como clima, solo, animais, irrigação. Neste caso foi escolhido o capim Mombaça, que após 45 dias estava pronto para receber os animais.

MANEJO

O manejo adequado do rebanho e da forrageira permitiu colocar 400 animais nos 40 hectares e sem a necessidade do uso de alimento concentrado.

“Neste sistema houve ganho de peso de 35 quilos em 30 dias, o que representou um ganho de peso diário (GPD) de 1,160 kg, algo bem acima da média nacional e que é fundamental no uso intensivo da área e na otimização de custos da pecuária”, diz Perroni.

Com o projeto em pleno funcionamento a Agropecuária @ideal tem atingido alta produção animal e produtividades acima de 100 arroba por hectare ao ano, sem uso de alimento concentrado.

Segundo Fábio Antônio Cagnin Filho, sócio fundador do Grupo @ideal, esse resultado mostra a viabilidade do investimento na irrigação para pecuária, sempre aliado com um suporte técnico adequado que proporcione um olhar atento a todas as variáveis da atividade.

“Para um projeto deste dar certo é necessário primeiramente procurar uma empresa de consultoria séria que saiba implantar o projeto e gerenciar os fatores econômicos, zootécnicos e agronômicos”, comenta.

Agora os esforços da equipe do Grupo @ideal estão concentrados no novo projeto com foco na produção leiteira em pastagem com a utilização de pivôs de irrigação semelhante ao projeto feito com os bois de corte. “ Como o projeto deu certo e apresenta grandes resultados, agora estamos começando o mesmo trabalho com gado leiteiro e temos a certeza que também atingiremos grandes indicies de produtividade”, ressalta Cagnin Filho.

Fonte: Lindsay América do Sul com edição d’A Lavoura

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