FAO: preços de alimentos no mundo sobem com impulso de carnes e óleos vegetais

Os preços dos alimentos no mundo subiram fortemente em novembro, impulsionados pelas grandes altas nas cotações de carnes e óleos vegetais, apesar de valores ligeiramente mais baixos dos cereais. A informação é da agência de alimentos das Nações Unidas.

O índice de preços dos alimentos da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, atingiu a máxima de 26 meses em novembro.

O indicador atingiu média de 177,20 pontos, com alta de 2,70% em relação ao mês anterior e aumento de 9,50% em relação ao mesmo período do ano passado.

O índice de preços da carne registrou seu maior crescimento mensal desde maio de 2009, subindo 4,60% em relação a outubro, para 190,50 pontos, com a carne bovina e ovina avançando mais fortemente, impulsionadas pela demanda da China e maior consumo de final de ano.

O índice de preços de óleo vegetal subiu 10,40%, para 150,60 pontos, atingindo seu nível mais alto desde maio de 2018, liderado por preços mais firmes do óleo de palma, que se fortaleceram com a grande demanda de importação, maior uso de biodiesel e preocupações com possível escassez.

O índice de preços dos cereais caiu 1,20%, para 162,40 pontos, com grandes ofertas de exportação e forte concorrência entre os produtores mundiais, pesando nos preços do trigo. Já os preços do arroz caíram para mínimas de seis meses, à medida que novas colheitas aumentaram a pressão.

O índice de preços do açúcar ficou, em média, com 181,60 pontos e alta de 1,80% em relação a outubro, liderado pelas expectativas de maior demanda.

Produção

A agência da ONU elevou sua previsão para a produção global de cereais em 2019 em 0,40%, estimando a safra mundial em 2.714 bilhões de toneladas, em comparação com os níveis de 2018.

A produção de trigo deverá aumentar 4,80%, para 766.4 milhões de toneladas. A produção global de arroz foi estimada em 515 milhões de toneladas, com aumento de 1.6 milhão de toneladas em relação à previsão anterior, o que implica em queda de 0,50% em relação ao recorde de 2018, segundo informação da agência.

 

Reuters

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